A Comissão Política Nacional do PS vai reunir-se na segunda-feira à noite, na véspera da votação da moção de confiança do Governo, para fazer a análise da situação política, disse à Lusa fonte oficial do partido.A reunião vai realizar-se às 21:00 na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, e tem como ponto único a análise da situação política. Também para esta segunda-feira está agendada uma reunião do Conselho de Ministros, para as 10.00, em São Bento, na residência oficial do primeiro-ministro, com um briefing agendado para as 15.00, informou este domingo o Governo, sem mencionar o tema da reunião. Questionada pelo DN sobre se esta reunião terá a ver com a moção de confiança, fonte do Executivo não confirmou, dizendo apenas que serão "aprovados vários diplomas de diferentes áreas". No sábado, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o executivo PSD/CDS-PP de ser incompetente, sem visão e de governar para uma minoria", avisando que "nunca poderá ter a confiança" dos socialistas.A poucos dias dias de ser votada no parlamento uma moção de confiança ao Governo (na terça-feira), que poderá ditar a queda do executivo e novas eleições antecipadas, o líder do PS centrou as suas críticas nas áreas da saúde e da habitação, apenas aludindo à situação de crise política, depois de, à entrada, ter acusado o presidente do PSD e primeiro-ministro de estar a arrastar o PSD, o Governo e o país para a lama."Eu não precisava de falar dos últimos 15 dias para ser claro para todos nós que um governo sem visão, um governo incompetente e um governo que governa para a minoria nunca, nunca terá a confiança do Partido Socialista", disse.Pedro Nuno Santos defendeu que o PS "é um partido sério que contribuiu no último ano para a estabilidade como mais ninguém em Portugal"."Temos sentido de responsabilidade, temos sentido de Estado. Mas nós queremos um país com transparência, onde os políticos assumem o que fazem e são transparentes perante o seu povo. Nós não somos causadores de instabilidade, não fomos nós que causamos instabilidade", defendeu. Já este domingo, o ministro Miguel Pinto Luz defendeu que "o único responsável" por eventuais eleições antecipadas será o PS e acusou o seu líder de demagogia e populismo."O Governo não quer eleições, o PSD não quer eleições, a AD não quer eleições porque os portugueses não querem eleições", afirmou o também ministro das Infraestruturas e Habitação, numa conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa.Pinto Luz acusou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ter uma linguagem "que se assemelha a um discurso populista e demagógico cada vez mais próximo do discurso" do líder do Chega, André Ventura."Deixem-nos trabalhar é o apelo que o PSD hoje faz, deixem-nos governar, deixem nos concluir o programa com o qual vencemos eleições em 2024", pediu.Com Lusa."O PSD não quer eleições, o primeiro-ministro não quer eleições e os portugueses não querem eleições".PNS diz que um Executivo "incompetente e para minoria nunca terá a confiança do PS"