Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos.Foto: Leonardo Negrão

Crise política. PS reúne Comissão Política Nacional 2.ª feira à noite; Governo agenda Conselho de Ministros

O Governo anunciou que esta segunda-feira haverá um Conselho de Ministros, mas não revelou o que será discutido na reunião.
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A Comissão Política Nacional do PS vai reunir-se na segunda-feira à noite, na véspera da votação da moção de confiança do Governo, para fazer a análise da situação política, disse à Lusa fonte oficial do partido.

A reunião vai realizar-se às 21:00 na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, e tem como ponto único a análise da situação política.

Também para esta segunda-feira está agendada uma reunião do Conselho de Ministros, para as 10.00, em São Bento, na residência oficial do primeiro-ministro, com um briefing agendado para as 15.00, informou este domingo o Governo, sem mencionar o tema da reunião. Questionada pelo DN sobre se esta reunião terá a ver com a moção de confiança, fonte do Executivo não confirmou, dizendo apenas que serão "aprovados vários diplomas de diferentes áreas".

No sábado, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o executivo PSD/CDS-PP de ser incompetente, sem visão e de governar para uma minoria", avisando que "nunca poderá ter a confiança" dos socialistas.

A poucos dias dias de ser votada no parlamento uma moção de confiança ao Governo (na terça-feira), que poderá ditar a queda do executivo e novas eleições antecipadas, o líder do PS centrou as suas críticas nas áreas da saúde e da habitação, apenas aludindo à situação de crise política, depois de, à entrada, ter acusado o presidente do PSD e primeiro-ministro de estar a arrastar o PSD, o Governo e o país para a lama.

"Eu não precisava de falar dos últimos 15 dias para ser claro para todos nós que um governo sem visão, um governo incompetente e um governo que governa para a minoria nunca, nunca terá a confiança do Partido Socialista", disse.

Pedro Nuno Santos defendeu que o PS "é um partido sério que contribuiu no último ano para a estabilidade como mais ninguém em Portugal".

"Temos sentido de responsabilidade, temos sentido de Estado. Mas nós queremos um país com transparência, onde os políticos assumem o que fazem e são transparentes perante o seu povo. Nós não somos causadores de instabilidade, não fomos nós que causamos instabilidade", defendeu.

Já este domingo, o ministro Miguel Pinto Luz defendeu que "o único responsável" por eventuais eleições antecipadas será o PS e acusou o seu líder de demagogia e populismo.

"O Governo não quer eleições, o PSD não quer eleições, a AD não quer eleições porque os portugueses não querem eleições", afirmou o também ministro das Infraestruturas e Habitação, numa conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa.

Pinto Luz acusou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ter uma linguagem "que se assemelha a um discurso populista e demagógico cada vez mais próximo do discurso" do líder do Chega, André Ventura.

"Deixem-nos trabalhar é o apelo que o PSD hoje faz, deixem-nos governar, deixem nos concluir o programa com o qual vencemos eleições em 2024", pediu.

Com Lusa

Pedro Nuno Santos.
"O PSD não quer eleições, o primeiro-ministro não quer eleições e os portugueses não querem eleições"
Pedro Nuno Santos.
PNS diz que um Executivo "incompetente e para minoria nunca terá a confiança do PS"

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