O partido Chega irá apresentar o seu programa eleitoral na próxima segunda-feira, anunciou esta quinta-feira o presidente, André Ventura. O documento, que segundo o líder partidário já foi distribuído internamente para ratificação, é composto por 30 prioridades políticas, com ênfase no combate à corrupção, na segurança e na atuação contra a "imigração descontrolada", disse. Ventura também comentou as conclusões da IGAE sobre a operação policial no Martim Moniz, notícia exclusiva do DN desta quinta-feira, defendendo a sua legalidade e criticando as acusações de racismo.Segundo disse André Ventura aos jornalistas, em conferência de imprensa, o programa procura dar "resposta ao momento atual do país", sendo que as 30 prioridades representam um conjunto de medidas propostas com "realismo e com solidez".Ventura não especificou os pontos do programa, referindo que o documento está ainda a ser alvo de ratificação por parte dos órgãos distritais e locais do partido. "Será apresentado na segunda-feira e sujeito, naturalmente, a todas as questões que sejam colocadas pelos jornalistas", declarou.Além das prioridades "combate à corrupção" e "segurança dos portugueses, e combate à imigração descontrolada", haverá ainda uma terceira área de destaque apontada por Ventura, a "luta pelo acesso sustentável à saúde em Portugal".Durante a conferência de imprensa, André Ventura também abordou a notícia divulgada pelo DN sobre as conclusões da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAE) relativamente à operação da PSP no Martim Moniz, em Lisboa, ocorrida em dezembro. O relatório da IGAE concluiu que a operação policial cumpriu todos os critérios legais, resultando no arquivamento do inquérito. .IGAI aprova operação da PSP no Martim Moniz: cumpriu “preceitos legais, gerais e específicos”.Sobre este tema, Ventura afirmou: "É a prova de que tínhamos razão quando dissemos que este tipo de operações estão bem feitas e deviam ser feitas mais vezes. Estas operações devem acontecer em mais pontos do país".O presidente do Chega defendeu ainda que "muitos deviam pedir desculpa à polícia". "Muitos dos dirigentes políticos que disseram que estas operações foram racistas, xenófobas, hoje, com estas conclusões, talvez devessem pedir desculpas à PSP. Esta conclusão [pela IGAE] é boa para a democracia. E espero que agora os atores políticos também retirem delas as devidas consequências", acrescentou Ventura.Com Lusa