O líder do PS acusou o primeiro-ministro de “grande desumanidade” nas declarações sobre o maior ressurgimento de barracas em autarquias socialistas e comunistas, questionando se sabe que estas estão a nascer maioritariamente dentro dos terrenos do Estado.“Entendi ser uma declaração, como aliás já é costume, de uma grande desumanidade, porque o doutor Luís Montenegro devia saber que as pessoas que saíram de Lisboa, muitas delas por falta de resposta habitacional, por falta de condições de vida, aumentaram o número de sem-abrigo e muitos procuraram nas periferias de Lisboa a resposta, que é uma resposta com muita indignidade”, respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas no final da primeira ação de campanha no dia, em Faro.Na opinião do secretário-geral do PS, esta situação deveria “interpelar o primeiro-ministro do país para responder aos cidadãos sobre aquilo que está a fazer para responder à habitação”.“Já agora faço uma pergunta que gostava que o doutor Luís Montenegro pudesse responder: o doutor Luís Montenegro, por acaso, tem consciência de que uma parte onde mais barracas estão a nascer é dentro dos terrenos do Estado e do Instituto de Habitação”, questionou.Segundo Carneiro, se o primeiro-ministro não tem conhecimento desta situação “deve visitar e deve perguntar” o que está o Ministério das Infraestruturas “a fazer para responder a um problema grave do ponto de vista social”.O líder do PSD afirmou esta terça-feira que as barracas e bairros de lata têm ressurgido sobretudo em autarquias socialistas e comunistas, defendendo que os presidentes de câmara sociais-democratas “não ficam a olhar” para este problema..Montenegro diz que barracas têm ressurgido mais em autarquias socialistas e comunistas. Luís Montenegro falava num almoço com todos os autarcas do distrito de Lisboa, a que só faltaram os independentes Isaltino Morais (Oeiras) e Sérgio Galvão (Torres Vedras) e no qual se centrou, sobretudo, nos problemas da habitação e segurança na Área Metropolitana de Lisboa..“Não decretámos que as rendas em Portugal a partir de agora vão ser de 2.300 euros", diz ministro da Habitação