Paulo Pedroso já não é militante do PS
"Desvinculado da militância partidária." Foi assim, no domingo, numa publicação no Facebook, que Paulo Pedroso apresentou a sua relação com o PS - partido de que chegou a ser o número dois, quando Ferro Rodrigues era o líder (2002-2004).
Tradução: Paulo Pedroso já não está inscrito no PS - notícia avançada pelo Expresso e que o DN confirmou. Segundo o DN apurou, a desfiliação ocorreu, na verdade, há meses.
Pedroso - que tem espaços de opinião no DN e na TSF - está agora a encerrar o seu mandato como representante de Portugal no Banco Mundial (Washington). Depois de muitos anos a trabalhar no estrangeiro, regressará agora a tempo inteiro a Portugal. A sua principal ocupação será a docência no ISCTE (é formado em Sociologia).
Nascido em abril de 1965 em Aveiro, Pedroso milita no PS desde a juventude. Com Guterres a primeiro-ministro, chegou a ministro do Trabalho e da Segurança Social. Antes tinha sido um dos principais criadores do rendimento mínimo garantido (hoje rendimento social de inserção).
Em 2003, o Processo Casa Pia acabou-lhe com a carreira política. Considerado suspeito de pedofilia, esteve preventivamente preso, durante quatro meses. Em 2006, a juíza de instrução considerou-o livre de qualquer acusação.
Em 2018, o Estado português foi condenado, pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, a indemnizá-lo em 68 mil euros. O TEDH considerou, por exemplo, que a decisão de o prender preventivamente não teve nenhuma sustentação plausível.