OE2020. Centeno pede "responsabilidade" aos ex-parceiros da 'geringonça'

O ministro das Finanças adiou a conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado de 2020 para a próxima terça-feira. Mas falou esta noite depois de entregar a proposta a Ferro Rodrigues.
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O gabinete do ministro das Finanças convocou para amanhã de manhã, às 8h30, uma conferência de imprensa no ministério onde Mário Centeno e os seus secretários de Estado apresentarão a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2020).

A proposta acabou por ser entregue no Parlamento ainda nesta segunda-feira, já cerca das 23:20. Os partidos parlamentares decidiram que só reagirão amanhã.

Esta noite, pelas 22h25, o primeiro-ministro colocou online um tweet assegurando que tinha acabado de assinar a proposta final.

"Será um orçamento de continuidade, bem atento às necessidades do presente e apostado em construir o futuro, desde logo pela prioridade dada aos jovens e ao objetivo de inverter a tendência demográfica", escreveu o chefe do Governo.

Esta noite, depois de entregar a proposta do OE2020 a Ferro Rodrigues, contida, como de costume, numa pen drive, Centeno respondeu a algumas perguntas dos jornalistas que durante todo o dia esperaram no Parlamento por este momento.

O ministro manifestou-se "confiante no sentido de responsabilidade" dos partidos antigos parceiros do PS na 'geringonça' e salientou em que viabilizarão a proposta já que ela é de "continuidade" em relação aos quatro orçamentos que aprovaram na anterior legislatura.

"Tenho muitas dúvidas que alguém não se possa rever num orçamento destes", disse - tendo a seu lado todos os seus secretários de Estado e ainda o secretário dos Assuntos Parlamentares.

Segundo afirmou, a proposta foi feita "num tempo recorde" e isso resulta da "coesão do Governo". As principais apostas serão a Saúde, a demografia, o combate à pobreza e os apoios ao primeiro emprego (via IRS).

Mário Centeno salientou também alguns "indicadores históricos" constantes na proposta: haverá "excedente orçamental" (mais receita do que despesa) o que é algo que "não acontecia há décadas" e a dívida pública vai ficar no final de 2020 "claramente abaixo" dos 120% do PIB, mantendo-se o objetivo de estar abaixo dos 100% no final da legislatura (2023).

"Crescer, consolidar contas públicas e baixar a dívida é algo muito raro", disse ainda, acrescentando que "a sustentabilidade do crescimento sai reforçada com este orçamento".

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