Miguel Morgado desiste da candidatura à liderança do PSD
Miguel Morgado desistiu da candidatura às diretas de 11 de junho mas não do objetivo de tentar "reorientar o partido", já que considera que a estratégia protagonizada pelo presidente nos últimos dois anos "é ruinosa" para o PSD.
"É com pena, mas sem azedume, que não levarei por diante a candidatura. Mas desistindo da candidatura, não desisto do que era o seu objetivo", escreve no Facebook. Garante que continuará a contar com todos os que o apoiaram para continuar a bater-se pela refundação da direita.
"Com todos eles continuo a contar, porque não faltarei ao dever de continuar a contribuir sem ambiguidades para salvaguardar o que o PSD representa em Portugal, como partido que tradicionalmente protagonizou a luta de uma sociedade que quer ser livre contra o domínio socialista do Estado, que nos definha e empalidece todos os dias".
Frisa ainda que nas atuais eleições para a presidência do PSD, a luta passa "pelo esforço de mudar o rumo errado que o atual presidente impôs ao partido, de subalternização do PSD perante o PS e a esquerda". E garante que tomará posição sobre as outras duas candidaturas para chamar o partido "à sua verdadeira vocação de força decisiva do reformismo em Portugal".
Miguel Morgado foi uma das figuras mais próximas de Pedro Passos Coelho, de quem foi conselheiro político, ocupou o mandato de deputado na última legislatura. Fundou o Movimento 5.7, que juntou figuras do PSD, CDS, Aliança e Independentes para discutir e refundar as bases do espaço não socialista.