Marcelo acredita que caminhamos para o uso de máscara no exterior

O Presidente da República diz-se atento a esta medida imposta por outros países, referindo que está já a implementá-la na sua vida, mas deixa a decisão para as autoridades de saúde.

Usar ou não máscara na rua "é uma decisão das autoridades sanitárias", deixa claro o Presidente da República. No entanto, em declarações aos jornalistas no Alvor, Algarve, este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que não se opõe a esta medida e que está atento à situação internacional, onde esta circunstância já se verifica, apresentando como exemplo o caso de algumas regiões espanholas.

O chefe de estado voltou a alertar os portugueses para o facto da pandemia de covid-19 ainda não ter fim à vista e para a possibilidade de ter de se continuar a ajustar as medidas sanitárias, perante uma segunda vaga da doença.

Tudo "vai depender da situação vivida", referiu Marcelo, que começou a dar o exemplo, garantindo que já utiliza máscara no exterior. "Pessoalmente tento sempre que é possível [utilizar máscara] no exterior, com exceção do automóvel que guio e só eu ando com ele e Belém ou a minha casa. É uma onda que está a crescer na Europa e no mundo", continuou.

Sobre a hipótese de uma segunda vaga da doença estar já a começar, refere que "aquilo a que se tem chamado segunda vaga é a mesma vaga com altos e baixo e neste momento com um alto" ou um "agravamento numa vaga que nunca deixou de existir".

O Presidente da República mencionou ainda que "ninguém pode travar" o surgimento de "surtos pontuais, como em lares", onde a "há mais abertura" e "mais visitas" e recordou que sempre que "há mais circulação é maior o risco", mas considerou que globalmente o país e o Algarve, em particular, onde se prepara para ficar cinco dias de férias, "têm vindo a melhorar".

Marcelo leu todos os relatórios sobre Reguengos. "Ministério Público tem ali muito material"

Questionado sobre os relatórios de avaliação ao surto no lar de Reguengos de Monsaraz, o Presidente da República disse que "o Ministério Público tem ali muito material para se debruçar e para apreciar".

Depois de ter lido os quatro documentos produzidos por diferentes entidades (Ordem dos Médicos, Câmara Municipal, Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, que gere o lar em questão, e da Administração Regional de Saúde do Alentejo) "que não têm exatamente a mesma versão sobre os acontecimentos", Marcelo preferiu recordar a "tarefa brutal de toda a gente olhar para os lares e ver qual era a resposta adequada" e as decisões difíceis tomadas "em cima da hora".

Sem esquecer um recado à ministra da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que admitiu, este sábado, em entrevista ao Expresso, não ter lido o relatório sobre o surto de covid-19 alentejano que causou a morte a 18 pessoas.

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