CDS quer ouvir oficial que reduziu rondas aos paióis de Tancos a oito militares

Requerimento distribuído à margem da audição do comandante do coronel Hilário Teixeira. PCP também pediu relatórios feitos pelo antecessor deste comandante do Regimento de Paraquedistas.
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O CDS-PP requereu a audição parlamentar do tenente-coronel António Marques Tavares, oficial do Exército que em 2006 aprovou a redução das rondas aos paióis de Tancos para apenas oito militares, em vez dos 44 existentes.

O requerimento, assinado pelos deputados Telmo Correia e António Carlos Monteiro, foi distribuído à margem da audição desta quinta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao furto de material militar dos paióis de Tancos em junho de 2017, do coronel Hilário Dionísio Peixeiro, comandante da Escola e do Regimento de Paraquedistas - uma das unidades responsáveis pela segurança daquelas instalações.

Fonte do CDS adiantou ao DN que os centristas vão pedir igualmente cópia dos relatórios de posse dos comandantes das cinco unidades responsáveis por essa missão, para perceber qual a situação em que cada um encontrou a segurança dos paióis.

Essas unidades são os regimentos de Infantaria de Tomar, de Paraquedistas e de Engenharia, a Unidade de Apoio da BRR e a Unidade de Apoio Geral de Material do Exército.

A unidade em funções na altura do furto era o Regimento de Engenharia, que foi antecedida precisamente pelo Regimento de Paraquedistas em maio de 2017.

O coronel Hilário Peixeiro assumiu o comando do Regimento de Paraquedistas em novembro de 2016 e foi um dos cinco oficiais exonerados pelo chefe do Estado-Maior do Exército a seguir ao furto de material militar nos paióis de Tancos.

Requerimento do PCP

O deputado Jorge Machado requereu esta quinta-feira que o Exército entregue ao Parlamento os dois "relatórios adicionais" feitos pelo anterior comandante do Regimento de Paraquedistas, coronel Vasco Pereira, sobre as condições e insuficiências existentes naqueles paióis.

Hilário Peixeiro, que disse ter sentido a sua exoneração temporária na sequência do furto "como incompreensão", referiu não ter dados para explicar se a intrusão nos paióis foi feita com colaboração interna de algum militar. Para si, os que o fizeram "aproveitaram a oportunidade e cumpriram o objetivo".

O coronel adiantou que os relatórios mensais feitos no final da cada período com a responsabilidade pelas rondas de Tancos eram enviados para a BRR, embora neles não fizesse referências expressas às lacunas nas instalações porque elas não estavam a cargo do Regimento de Paraquedistas.

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