Costa garante que "ainda há muito por fazer"

Em declarações ao The New York Times, o primeiro-ministro assume que provou ser possível uma "alternativa" à austeridade, mas admite que o país "ainda não passou do lado oculto para o lado brilhante da lua"
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A reportagem do jornal norte-americano está cheia de bons exemplos. E a conclusão é bastante lisonjeira para o Governo português - e para a "geringonça": "Num momento de crescente incerteza na Europa, Portugal desafiou os seus críticos, que insistiam que a austeridade era a resposta para a crise económica e financeira do continente."

"O que se passou em Portugal mostra que demasiada austeridade aprofunda a recessão, e cria um ciclo vicioso", afirmou Costa, na entrevista que deu ao The New York Times. "Nós encontrámos uma alternativa à austeridade, focando no crescimento económico e em mais e melhores empregos".

Segundo o jornal, o Governo "está a caminho de alcançar um super-ávido em 2020, um ano antes do previsto, acabando com um quarto de século de défices".

"Os responsáveis europeus agora admitem que Portugal pode ter encontrado uma melhor resposta para a crise", afirma o jornal. E esse "volte-face económico teve um impacto espantoso na psique coletiva de Portugal". Mas, adverte o The New York Times, "o êxito é ainda vulnerável". "O crescimento está a arrefecer, depois dos 2,7% do ano passado", além de que se mantém "uma precaridade social" e Portugal tem um dos salários mínimos mais baixos da Europa.

"Não passámos do lado obscuro para o lado brilhante da lua", concorda António Costa. "Ainda há muito por fazer." Mas o primeiro-ministro português assume uma conquista: "Quando começámos este processo, muitas pessoas diziam que o que queríamos atingir era impossível. Mostrámos que existe uma alternativa."

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