Restaurante de Rita Pereira alvo de críticas na internet
"Confesso que tenho uma enorme simpatia pelo talento e pelo sorriso contagiante da Rita Pereira, mas 43 minutos a olhar para uma fotografia sua enquanto esperava por uma tapioca é um pouco demais - até para um fã incondicional", escreve Ele, um dos autores do popular blogue Casal Mistério, espaço de crítica a restaurantes, bares e hotéis na internet.
O autor da crítica visitou a tapiocaria Beiju em dezembro, poucos dias depois de esta ter sido inaugurada no centro comercial Amoreiras, em Lisboa, e sem ser a decoração do espaço, que mereceu nota positiva, tudo o resto foi descrito como mau ou péssimo. "A decoração é alegre, em tons de bege e cor-de-rosa, e o espaço tem algumas mesas exclusivas. Se não encontrar lugar, terá de pedir para levar a tapioca para comer noutro sítio, porque aqui não existe food court", diz o autor, acrescentando que "das duas vezes" que experimentou conseguiu sempre lugar sentado.
"E foi isso que me manteve vivo durante a longa espera, na minha primeira visita ao Beiju. (...) Cheguei faminto, às 12.57, para encontrar uma fila de apenas cinco pessoas à minha frente. Como não era propriamente uma multidão, achei que não iria demorar muito. Primeiro erro da tarde. Até chegar à caixa registadora, passaram uns dolorosos 8 minutos que já anunciavam a desgraça que se avizinhava. E foram apenas 8 minutos porque três das cinco pessoas que estavam à minha frente entretanto desistiram e foram embora", recorda.
O serviço, que diz ser "simpático" - "chamam-nos pelo nome" - tem um "problema da lentidão". "As mesas estavam quase todas ocupadas - mas ninguém estava a comer. Encontrei uma mesa vazia e esperei. Às 13h10, olhei pela primeira vez para o relógio. Às 13h15, olhei pela vigésima vez para a fotografia da Rita Pereira que ia passando na televisão. Às 13h18, tirei a primeira bolachinha da minha mochila para não desfalecer de fome, enquanto uma única senhora preparava as tapiocas de toda a gente na cozinha, outra atendia calmamente na caixa e uma terceira arrumava pacientemente os tabuleiros no balcão. Às 13h29, tirei a segunda bolacha da mochila. Às 13h30, chegou um reforço: uma segunda senhora para ajudar a cozinheira solitária a preparar as tapiocas. Foi a minha salvação. Dez minutos depois, chamaram-me finalmente para ir buscar a minha tapioca. Eram 13h40", critica.
A crítica refere também que, "apesar de todo o tempo de preparação, a tapioca veio claramente farinhenta, demasiado grossa e com uma consistência muito aborrachada". "Da segunda vez que lá fui, o tempo de espera melhorou bastante (16 minutos), mas a tapioca manteve-se igual", acrescenta.
A avaliação não passou despercebida a Rita Pereira, que admitiu a sua desilusão, pediu desculpa e convidou o Casal Mistério a regressar, com a promessa de um serviço melhor. "Querido Ele, antes de mais, fiquei feliz quando me disseram que o Casal Mistério tinha escrito sobre a Beiju, significava que tinham tirado um tempo da sua vida para a conhecer. Mas claro que, ao ler o artigo, a minha felicidade foi por água abaixo", desabafou a atriz.
"Não querendo dar desculpas, gostaria apenas de vos pedir que regressassem à Beiju agora, em fevereiro, altura em que estamos mais organizados, onde os nossos funcionários já estão mais coordenados e a gestão mais controlada. Infelizmente o Sr. Ele foi no mês de abertura, altura em que a demanda foi alta demais, muito acima das nossas expectativas. Claro que por um lado foi positivo, mas por outro, provocou-nos alguns erros infelizes", prossegue Rita Pereira.
A atriz da TVI esclarece ainda que atualmente os "relatórios de espera estão muito longe desses 40 minutos, os recheios [são] de fazer lamber os dedos e a massa, isso varia conforme a pessoa gosta". "É só pedir mais fina, mais grossa, mais seca, mais crua, a escolha é do cliente. Uma vez mais, as minhas desculpas pelo sucedido e espero que na próxima visita (vá lá voltem!!!) saiam da Beiju com um sorriso".