José Cid vs. Trás-os-Montes: músico diz ter recebido ameaças de morte
Primeiro, o pedido de desculpas via comunicado. Depois, a presença no programa da RTP1, Agora Nós, para, novamente, retractar-se pelos comentários pejorativos feitos, em 2010, num programa do canal Q conduzido por Nuno Markl.
Esta madrugada, José Cid voltou a ativar a sua página oficial de Facebook para, mais uma vez, pedir desculpa por ter caracterizado os transmontanos como "pessoas medonhas, feias e desdentadas". O músico, que tinha um concerto agendado naquela região a 11 de junho (e que foi entretanto cancelado), revelou ter recebido "ameaças de morte".
"Estive mal, e por isso pedi e peço desculpa publicamente. Agora receber ameaças de morte quer para mim quer para a minha família é que já não posso aceitar", escreveu Cid, continuando: "Parece que nunca nenhum de vocês errou. Errar é humano e eu errei e admiti e por isso peço desculpa (...). Não vou apagar qualquer comentário que seja aqui feito, porque cada um tem liberdade de expressão e eu vou aceitar", acrescentou.
Segundo o biógrafo de José Cid, Miguel Gonçalves, as declarações proferidas pelo músico em 2010, tinham por objetivo atingir Tony Carreira. "Quando ele fala na construção de um muro que impedisse a passagem dos transmontanos para fora da sua área geográfica, o que quis dizer foi que o Pavilhão Atlântico, assim, já não encheria para ouvir Tony Carreira, explicou Miguel Gonçalves, em declarações ao JN.
José Cid, que esteve num epicentro de um (fugaz) turbilhão mediático esta segunda-feira (gerado pela reposição de um talk show do canal Q, originalmente emitido em 2010) fez questão de relembrar os seus seguidores que é "sempre o primeiro a ajudar quem precisa" e que já fez vários concertos de solidariedade em Trás-os-Montes. "Não me julguem somente por algo negativo que eu fiz sem se esquecerem do bem que tenho praticado. Desculpem", concluiu.
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