Violou e engravidou filha "sem arrependimento". Condenado a 12 anos de prisão
O homem de 52 anos foi condenado pelo Tribunal de Vila Real esta segunda-feira por 224 crimes de abuso sexual de menor dependente, 119 crimes de violação, um crime de violação agravado por ter resultado na gravidez da filha e ainda a um crime de abuso sexual de criança agravado.
O tribunal condenou ainda o arguido a pagar uma indemnização de 25 mil euros à vítima.
A presidente do coletivo de juízes disse, durante a leitura do acórdão, que o tribunal não teve dúvidas de que tudo o que a filha do arguido relatou "é verdade" e deu como provados praticamente todos os factos constantes na acusação.
O abusos começaram quando a vítima tinha 13 anos, com toques e beijos por parte do homem, vindo a consumar-se o ato sexual quando a rapariga tinha 15 anos, repetindo-se, pelo menos, uma vez por semana.
A juíza disse que o homem não mostrou "arrependimento nenhum" em tribunal, onde declarou que o ato sexual aconteceu apenas "três ou quatro vezes quando ela já era maior" e que foi a rapariga que se meteu na sua cama.
Acrescentou ainda que o pedreiro "mostrou zero preocupações" com a criança, seu filho e neto, que a vítima teve aos 18 anos.
A juíza disse ao arguido que os "pais servem para proteger, amar e cuidar" dos filhos e "não servem para os usar".
Por causa de um outro filho menor do arguido, o acórdão desta segunda-feira vai também ser remetido para o Tribunal de Família e Menores.
O pedreiro foi detido em fevereiro, em Chaves, pela Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real e encontra-se em prisão preventiva.