Mais 688 casos e seis mortes em Portugal nas últimas 24 horas

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde indica que Portugal tem 24 561 casos ativos de covid-19. Óbitos foram registados em pessoas com mais de 70 anos, mas é entre os 20 e os 49 anos que o aumento de casos é maior.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, 688 novos casos de covid-19 e mais seis mortos, segundo indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado nesta terça-feira (29 de setembro).

No total, desde o início da pandemia, há registo de 74 717 casos de covid-19, com 48 193 recuperados (mais 309 desde o boletim de segunda-feira). Há 24 561 casos ativos, um aumento de 373 em relação à véspera. O número de mortos ascende a 1963.

Dos 688 novos casos das últimas 24 horas (um aumento de 0,9%), 478 foram registados em Lisboa e vale do Tejo, tendo esta região contabilizado cinco dos seis novos mortos por covid-19. A outra morte ocorreu na região centro, onde há registo de mais 16 casos. No norte, o boletim aponta mais 160 casos de infeção, no Algarve mais 22 e no Alentejo mais cinco, os mesmos registados na Madeira. Nos Açores há mais dois casos.

Há mais duas pessoas internadas (são agora 661) e mais uma nos cuidados intensivos (99). As autoridades mantêm em vigilância 44 231 pessoas, mais 60 do que na véspera.

As vítimas mortais são quatro mulheres com mais de 80 anos, um homem nessa mesma faixa etária e outro com idade entre os 70 e os 79 anos.

O maior aumento de casos regista-se na faixa etária entre os 20 e os 29 anos (mais 131), com as faixas entre os 30 e os 39 (mais 115) e entre os 40 e os 49 (mais 104) igualmente a subir acima das centenas. Entre as crianças até aos 9 anos, há mais 37 casos, e há mais 46 entre os 10 e os 19. O boletim aponta mais 79 casos na faixa entre os 50 e os 59 anos, mais 63 entre os 60 e os 69 anos, mais 49 entre os 70 e os 79 anos e mais 65 casos entre os que têm mais de 80 anos.

Há 51 surtos ativos em lares de idosos, estando a maioria, 33, localizados na região de Lisboa e vale do Tejo, havendo ainda registo de dez na região norte, dois no centro, três no Alentejo e outros três no Algarve, informou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa de segunda-feira sobre a evolução da pandemia em Portugal.

Registam-se 12 surtos ativos em escolas. Seis na região de Lisboa e vale do Tejo, cinco na região norte e uma no centro, o que no total envolvem 78 casos confirmados, detalhou.

A responsável fez saber que "há alguns surtos ativos recentes em vários hospitais" que estão a ser investigados. "São sobretudo em profissionais de saúde, existem algumas ramificações para outros sítios, porque estas pessoas obviamente que se movem", afirmou Graça Freitas referindo que as autoridades sanitárias "estão a acompanhar de perto" estes surtos e que a situação está, neste momento, "tanto quanto possível, controlada".

Um dos surtos está localizado no Hospital de Beja e são já 31 profissionais de saúde infetados. Devido aos casos detetados nesta unidade hospitalar e à "consequente falta de médicos da especialidade" para preencher as escalas, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do hospital de Beja vai manter-se "temporariamente" fechado até às 08.00 de dia 7 de outubro, refere a unidade local de saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), numa informação divulgada nesta terça-feira.

Enquanto o serviço estiver fechado, não há atendimento de ginecologia e obstetrícia a utentes provenientes do exterior, as quais serão encaminhadas para os hospitais públicos mais próximos, mas o internamento na especialidade mantém-se a funcionar para as internadas no hospital de Beja, explicou à Lusa a presidente da ULSBA, Conceição Margalha.

A Aliança para as Vacinas anunciou nesta terça-feira que os países mais pobres reservaram mais cem milhões de doses da vacina que for criada contra a covid-19, fabricadas na Índia e vendidas ao preço máximo de três dólares (2,5 euros).

Em agosto, a GAVI (que reúne várias agências da ONU, como a Organização Mundial da Saúde, e entidades como o Banco Mundial) e a fundação Gates já tinham anunciado em agosto uma colaboração com um instituto indiano (SII) que é o maior fabricante mundial de vacinas, para distribuir cem milhões de doses.

O plano é o SII fabricar a vacina que venha a ser criada pelas farmacêuticas AstraZeneca e Novavax e disponibilizá-la ao organismo Covax, lançado pela OMS para garantir o acesso mundial a vacinas, tratamentos e diagnósticos para a covid-19.

A potencial vacina da AstraZeneca estará disponível apara 61 países e a da Novavax irá para 92.

O objetivo da OMS é haver dois mil milhões de doses de vacinas até ao fim de 2021.

Antes, na segunda-feira, a agência de saúde das Nações Unidas anunciou que vai disponibilizar para países mais pobres 120 milhões de testes rápidos de covid-19, com resultados em 15 a 30 minutos.

"Esperamos que outros testes rápidos se sigam", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ao anunciar um acordo com várias entidades para que sejam produzidos estes testes para países com poucos recursos. Na conferência de imprensa foi dito que beneficiarão dos testes 133 países, a maioria em África.

"Isto permitirá a expansão dos testes, particularmente em áreas de difícil acesso que não dispõem de instalações laboratoriais ou de pessoal de saúde com formação suficiente para realizar testes PCR", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que os testes rápidos vão ser disponibilizados ao longo dos próximos seis meses, com um preço de cinco dólares por unidade (4,29 euros), "substancialmente mais baratos" do que os testes PCR.

Com Lusa.

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