Mais 13 novos casos no Alentejo. Sobem para 42 os positivos em Mora

Dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (17 de agosto). Há mais 103 pessoas recuperadas da doença.
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Mais 132 casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. Morreu mais uma pessoa devido à infeção pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (17 de agosto).

No total, desde que a pandemia começou, registaram-se 54 234 infetados, 39 800 recuperados (mais 103) e​ 1779 vítimas mortais no país.

No total, ​​​​​​existem 35 568 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde, menos 174 do que no dia anterior.

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou mais 66 novos casos de covid-19 e o único óbito. A região Norte do país contabilizou mais 41 novas infeções, a zona Centro mais seis, Alentejo mais 13 e o Algarve mais cinco.

Há 336 pessoas internadas devido à doença (+ 11)., das quais 39 em Unidades de Cuidados Intensivos - as mesmas de ontem.

Desde o início da pandemia, ficaram infetados 24 335 homens e 29 899 mulheres. Os óbitos correspondem a 896 homens e a 883 mulheres, segundo o boletim da DGS.

Sobe para 42 número de casos positivos na vila alentejana de Mora

Os dados que temos da Autoridade de Saúde, até às 12:00 de hoje, é que há 42 pessoas infetadas" com a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Mora (distrito de Évora), Luís Simão.

O autarca frisou que, deste total, "quatro doentes, todos homens", estão internados no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), sendo que "dois deles encontram-se nos cuidados intensivos".

Devido a este surto de covid-19, surgido há pouco mais de uma semana, com as três primeiras pessoas da comunidade infetadas a serem detetadas no dia 09, já foram realizados "seguramente mais de 300 testes" à doença, até hoje, avançou.

"Seguramente, desde que o surto foi detetado e ao longo destes dias, já devem ser mais de 300 os testes realizados à comunidade", sublinhou, frisando que a operação de testagem decorre na Casa do Povo da sede de concelho.

"Os testes têm sido todos eles feitos em Mora. A recolha é feita aqui e, depois, as amostras é que vão para laboratório", referiu o autarca alentejano.

O autarca disse também que, apesar de as 42 pessoas infetadas já diagnosticadas residirem todas na vila e freguesia de Mora, o que significa que "o surto está confinado a esta área" e não se espalhou ao restante concelho, as visitas a todos os lares de idosos do território foram suspensas.

Ao longo da última semana, segundo o relato do autarca local, foram fechando cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, com a população confinada em casa, por precaução.

Espanha volta a estar entre os 10 países com mais casos acumulados

Espanha ultrapassa o Irão e volta a estar na lista dos 10 países com mais casos acumulados de covid-19, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), citados pelo El Pais.

Na sexta-feira, último dia em que o ministério da Saúde espanhol deu a conhecer o número de casos a cifra era de 2987 confirmados.

Aragão, Catalunha e Madrid mantinham-se como as comunidades mais afetadas por novos surtos.

No domingo, uma manifestação contra o uso de máscara, e outra medidas anti-covid-19, foram rejeitadas pelos responsáveis de saúde de Espanha, prometendo medidas. "É gravíssimo e vamos atuar em conformidade", disse o delegado de saúde da comunidade de Madrid.

Esta segunda-feira, o País Basco vai declarar o estado de emergência sanitária, embora esteja descartada para já a declaração de confinamento geral.

O número de infeções por milhão de habitantes é de 7675 por milhão de habitantes. segundo o Worldometer. Em Portugal, o número é de 5308.

China aprova patente para vacina

O Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês aprovou a primeira patente de uma candidata a vacina contra a covid-19, que pode "ser produzida em massa num curto período de tempo", informou esta segunda-feira a imprensa local.

A vacina, na terceira fase de testes, desenvolvida pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, começou a ser usada no final de junho no Exército chinês, depois de uma equipa liderada pelo pesquisador Chen Wei descobrir um anticorpo monoclonal neutralizante altamente eficiente.

Os resultados da segunda fase de testes clínicos da vacina mostraram que é segura e induz uma resposta imune contra o coronavírus, segundo uma investigação publicada no final de julho no The Lancet.

De acordo com a patente, a vacina mostrou uma "boa resposta imunológica em ratos e roedores, podendo induzir o organismo a produzir uma forte resposta imunitária celular e humoral em pouco tempo", noticiou o jornal cantonês Southern Metropolis.

Por outro lado, "pode ser produzida em massa num curto período de tempo" e é "rápida e fácil de preparar".

A segurança e eficácia devem ser comprovadas na fase três, que se vai realizar fora do país, segundo o mesmo jornal.

Regresso às aulas presenciais na Europa marcado por preocupações

A poucos dias do início de setembro, vários países da Europa prepararam o regresso presencial às escolas, mas as autoridades admitem estar preocupadas com uma segunda vaga de covid-19, que tem estado a afetar mais jovens.

A Itália, o primeiro país da Europa a ser atingido pela epidemia e um dos que foi mais afetado, vai reiniciar o ano letivo presencial em 14 setembro, segundo anunciou hoje o ministro da Saúde.

"Em menos de um mês, teremos de reabrir escolas e universidades com segurança. E não podemos errar. Vai depender do nosso comportamento e do de todos, a começar pelo dos jovens, que devem ter consciência" dos riscos, disse o ministro Roberto Speranza, em entrevista hoje publicada no jornal La Repubblica.

O começo das aulas presenciais também foi hoje anunciado na Turquia e irá acontecer em 21 de setembro, três semanas após o início oficial do ano letivo, que será feito à distância e através da Internet, segundo o ministro da Educação, Ziya Selçuk.

"Temos de voltar às escolas e começar as aulas presenciais para continuar [o processo de] educação adequado", escreveu no domingo o ministro no Twitter.

O ano letivo de 18 milhões de alunos turcos foi interrompido em março devido à pandemia, e voltará a ter início em 31 de agosto, com três semanas de educação a distância, período durante o qual as autoridades deverão terminar de delinear as medidas de segurança contra o coronavírus.

Outro país europeu que marcou hoje o reinício das aulas presenciais foi a Grécia, que anunciou o regresso para 07 de setembro.

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Governo, Stelios Petsas, que admitiu que as escolas enfrentarão muitos desafios para garantir que as crianças seguirão as medidas de segurança, como a distância social, a lavagem frequente das mãos e o uso de máscaras quando necessário.

Em países onde as escolas e as aulas presenciais já abriram, como é o caso de vários estados da Alemanha, o número de novos casos de covid-19 tem aumentado e preocupado o Governo.

Segundo o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, o maior número de contágios verifica-se entre os mais jovens e, embora esta faixa etária sofra, habitualmente, consequências menos severas, as relações com pessoas mais velhas podem levar a uma escalada do número de mortes, avisou o ministro.

O início das aulas tem registado problemas em vários estados, como em Berlim, onde já foram identificados casos de covid-19 em pelo menos sete escolas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

*com agência Lusa

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