Maior centro de acolhimento de refugiados abre com camas para 90 pessoas

O novo centro de acolhimento para refugiados é inaugurado esta quarta-feira. É o maior do País e vai receber 90 pessoas: menores, homens, mulheres e famílias. Primeiro grupo vem do Egito, refugiados sírios e sudaneses.
Publicado a
Atualizado a

O edifício, construído de raiz, vai ser gerido pelo Centro Português para os Refugiados (CPR) e localiza-se na mesma freguesia onde a instituição já tem uma casa, em São João da Talha, Loures. É inaugurado esta quarta-feira, em cerimónia presidida pelo Ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita.

Destina-se aos refugiados que Portugal aceitou receber no âmbito do programa de reinstalação até 2019, um total de 1010, e é um ponto de passagem para serem redistribuídos por todo o país. O primeiro grupo vem do Egito e deverá chegar no meio de janeiro.

A semana passada chegou o primeiro grupo, 33 refugiados, e os restantes entrarão no país ao longo de 2019. O segundo grupo vai ser instalado no novo centro, cidadãos naturais da Síria e do Sudão do Sul que estavam em centros de acolhimento no Egito.

O novo centro de acolhimneto para refugiados (CAR II) foi construído num terreno cedido pela Câmara Municipal de Loures e a sua construção teve o apoio do Banco do Desenvolvimento do Conselho da Europa e do Estado Português. É um espaço amplo e modernamente equipado com quatro alas, uma destinada aos menores não acompanhados, uma feminina, uma masculina e outra para famílias.

O CAR II é maior centro do país e surge 12 anos depois do Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela (30 pessoas) e seis após a abertura da Casa de Acolhimento da Criança Refugiada. "Será uma resposta social de trânsito para refugiados, particularmente para refugiados reinstalados, ao mesmo tempo que facilitará o seu processo preparatório da sua descentralização pelo país", refere o CPR em comunicado.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras comunicou 1114 pedidos de proteção internacional até ao dia 18 de 2018, um aumento de 11% que em todo o ano de 2017 (1004 pedidos) e mais 60% que em 2016 (691). Os países de origem mais relevantes são a República Democrática do Congo e Angola. Neste período foram igualmente registados 62 pedidos de asilo por menores não acompanhados, informa o CPR.

Diariamente, apoia mais de 550 requerentes de beneficiários de proteção internacional.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt