"Faria tudo outra vez". Rui Pinto diz não estar arrependido e nega estar ao serviço do FC Porto
"Fiz o que tinha a fazer, não me arrependo de nada, faria tudo outra vez", afirmou esta terça-feira o português Rui Pinto em Budapeste, após conhecer a sentença de extradição para Portugal.
Falando aos jornalistas no interior do Tribunal Metropolitano de Budapeste, com as mãos algemadas e segurando uma garrafa de água, Rui Pinto insistiu que as suas denúncias não visaram "um clube em específico" - como o Benfica - porque o caso "é internacional" e incluiu a divulgação de situações com outros clubes.
"Portugal está podre" e "não vai acontecer nada" para alterar o estado de coisas que denunciou no futebol português, ao contrário de outros países que disse "quererem mudar" essa situação, acusou o denunciante do Football Leaks, confirmando ter sido contactado pelas autoridades norte-americanas mas não poder falar sobre o assunto.
"Tentei ajudar todas as autoridades" que o contactaram, acrescentou. Agora "é aguardar" pela decisão sobre o recurso da decisão de ser extraditado para Portugal, continuou Rui Pinto.
Assumindo ser adepto portista, Rui Pinto disse ter tido acesso a informação que indicia a existência de "comportamentos um pouco estranhos" de figuras ligadas ao FC Porto e até que possa haver "desvio de fundos" no clube presidido por Pinto da Costa.
O Football Leaks "publicou documentos [relativos a] irregularidades" no FC Porto, insistiu Rui Pinto, negando a acusação de receber quaisquer verbas pela venda do livro sobre os casos de corrupção no futebol que denunciou.