IPMA prevê vento e chuva fortes mas desvaloriza "chuva de lama"
A anunciada "chuva de lama" que hoje poderia ocorrer em algumas regiões do país é "o menos importante" dos acontecimentos meteorológicos previstos para o dia no território nacional, disse ao DN Madalena Rodrigues, meteorologista de serviço no Instituto Português do mar e da Atmosfera (IPMA), segundo a qual a probabilidade de ocorrer este fenómeno, associado a poeiras trazidas do Norte de África pelo vento, "é mínima". O IPMA emitiu vários alertas para hoje, mas prendem-se sobretudo com a agitação marítima, o vento e a chuva que "a partir das 20.00" deverá atingir de forma mais intensa o território nacional.
O alerta relativo à "chuva de lama" foi emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e prendia-se com a aproximação ao território do continente de uma "massa de ar de fraca qualidade", transportando poeiras do Norte de África, a qual, dizia a APA, "em caso de ocorrência de precipitação, poderá dar origem às denominadas 'chuvas de lama".
Mas segundo a meteorologista do IMPA ouvida pelo DN esse quadro não se deverá confirmar porque a maioria das poeiras deverá ser eliminada com a precipitação antes de chegar ao território nacional. "[A poeira] vem no trajeto e é precipitada antes de chegar cá. Se houver [chuva de lama em Portugal] será muito pouco". "O que vamos ter de mais importante hoje é a precipitação - que ainda não aconteceu mas chegará ao final do dia, o vento e a agitação marítima".
Os alertas de agitação marítima - os únicos avisos laranja emitidos pelo IPMA para o dia - abrangem todos os distritos do Litoral, tendo início às 20.59 deste sábado e estendendo-se até ao final da tarde de domingo.