Festa ilegal na Cova da Moura junta 300 pessoas na rua. Polícia recebida com tiros

Operação começou às 22 horas e só terminou perto das quatro da manhã com três detidos e um agente ferido. Segundo as autoridades, só a ação do Corpo de Intervenção da PSP conseguiu dispersar a multidão.
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As chamadas para a polícia começaram a chegar por volta das 21 horas de domingo. Vários moradores do bairro social da Cova da Moura, na Amadora, queixavam-se de que estava a decorrer uma festa de grandes proporções no bairro, com vários ajuntamentos de pessoas e muito barulho.

De acordo com a PSP, seriam cerca de três centenas as pessoas presentes na festa e que se recusaram a dispersar mesmo após a chegada dos primeiros agentes, o que obrigou a que fossem chamados reforços, como o Corpo de Intervenção da PSP.

"Assim que chegámos ao bairro fomos recebidos com pedras, garrafas e tiros. Fomos obrigados a reagrupar e a chamar reforços", descreveu ao DN o comissário Artur Serafim, chefe do Núcleo de Imprensa e Relações Públicas do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis).

Um dos agentes envolvido na operação ficou ferido numa mão e teve de receber assistência no local, tendo sido depois transportado para o hospital. De acordo com a PSP, é um ferido ligeiro.

Mesmo em tempo de pandemia, Artur Serafim afirma que festas como as deste domingo têm-se repetido e que estes ajuntamentos atraem muitas pessoas que não pertencem ao bairro.

Terão participado na operação policial cerca de 80 agentes e só às 3h45 desta segunda-feira é que foi possível "repor a normalidade na via pública", segundo o Comando Metropolitano de Lisboa.

Um dos detidos foi intercetado com pedras nas mãos, um outro recebeu ordem de detenção por ter atirado a garrafa que feriu o agente da polícia e o terceiro está indiciado por tráfico de droga.

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