Os advogados exigem medidas urgentes ao nível da caixa de previdência e do pagamento especial por conta, dado que, lembra o Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, são em maioria profissionais liberais que "enfrentarão sérias dificuldades, com a inerente diminuição da sua atividade e correspondente perda de rendimento". A suspensão de prazos é outra das preocupações com o bastonário Menezes Leitão a revelar que já analisou uma proposta de diploma do Ministério da Justiça e que espera agora a aprovação urgente..Nas questões sociais, o Conselho Regional de Lisboa, presidido por João Massano, solicitou ao presidente da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) "uma tomada urgente de medidas de exceção". Passam por uma "imediata solicitação ao Governo de ajuda financeira específica, para fazer face à diminuição de rendimentos das advogadas e dos advogados e assegurar a sustentabilidade da CPAS"..O governo tem remetido esta para CPAS e o conselho regional aponta que "terá que ser a CPAS a assegurar esta situação de contingência extraordinária, com o necessário apoio do Governo"..Além disso, apelam à "imediata suspensão da obrigação de pagamento de contribuições à CPAS durante o período de constrangimento, que se prevê não ser inferior a dois meses (pelo menos, até final de abril)"..João Massano diz ainda, em comunicado, que outra medida urgente é "a solicitação da suspensão dos pagamentos especiais por conta"..Suspensão de prazos por aprovar.Os prazos judiciais também estão no centro das preocupações mas esta segunda-feira o bastonário Menezes Leitão revelou, em comunicado, que telefonou à ministra da Justiça a dar conta da situação, tendo Francisca van Dunem enviado uma cópia da proposta de diploma..A Ordem tinha "solicitado de que fosse decretado um regime semelhante ao das férias judiciais, em ordem a permitir que apenas corram os processos urgentes e a desencadear a aplicação do art. 279º e) do Código Civil relativamente aos prazos substantivos. Posteriormente o Bastonário recebeu da Senhora Ministra da Justiça um projeto de diploma consagrando efetivamente essa solução, tendo sido solicitado à Senhora Ministra que a vigência do diploma fosse reportada à data do Decreto-Lei 10-A/2020, em ordem a permitir que a suspensão dos prazos vigore desde essa data", 13 de março..A Ordem espera agora que o diploma seja aprovado com urgência "por forma a salvaguardar adequadamente a situação dos advogados, que neste momento se encontram impossibilitados de exercer o seu mandato em virtude da grave emergência de saúde pública que estamos a atravessar".