Prática de "train surfing" faz quatro feridos no metro em Gondomar
Um acidente no metro do Túnel da Levada, em Rio Tinto, Gondomar provocou quatro feridos esta sexta-feira, confirmaram ao DN os Bombeiros de Rio Tinto. As quatro vítimas são jovens na casa dos 16 anos, que viajavam no exterior do metro para praticar "train surfing" (viajar na cobertura dos transportes ferroviários).
Há dois feridos em estado grave e dois com ferimentos ligeiros. As vítimas foram transportadas para o Hospital de São João, no Porto.
O alerta foi dado pelo condutor do metro que seguia no sentido contrário às 13:19. No local estiveram oito bombeiros de Areosa/Rio Tinto, apoiados por três viaturas.
A linha do Metro, que esteve encerrada cerca de uma hora, foi, segundo o Metro do Porto, reaberta às 14:33.
É uma submodalidade do parkour, mais perigosa e arriscada. Consiste em viajar num comboio agarrado(a) no exterior da carruagem. Em Portugal, a moda com cerca de uma década passou quase despercebida, mas o "train surfing" já provocou vários mortos e feridos graves no estrangeiro. Em 2017, um jovem espanhol de 13 anos teve de amputar as duas pernas por ter andado entre carruagens no metro. No mesmo ano, o inglês Nye Frankie Newman, 17 anos, morreu no metro de Paris pela mesma razão.
A prática terá nascido entre pessoas com dificuldades económicas, que viajariam assim para não ter de pagar bilhete. Mais tarde, assemelhar-se-ia a um desafio radical e com o aparecimento das câmaras de filmar que se colocam na roupa ou no corpo começaram a ser partilhados nas redes sociais registos de "train surfing" por todo o mundo.
O metro de Nova Iorque, nos Estado Unidos, optou mesmo por afixar um aviso nas paredes a dizer: "Surfe na Internet, não no comboio". Em Portugal, estes casos não são frequentes, no entanto no YouTube é possível encontrar vídeos de jovens a viajar no exterior da última carruagem de um comboio na linha de Sintra.