Queda do teto do metro faz quatro feridos. Inquérito foca obras na Praça de Espanha
Um abatimento do teto no túnel do metro sobre um comboio que circulava na Praça de Espanha, em Lisboa, causou quatro feridos e levou à interrupção da circulação entre as estações das Laranjeiras e do Marquês de Pombal. O acidente deu-se esta terça-feira às 14:19.
Este troço da Linha Azul do Metro de Lisboa estará encerrado ao público durante "um a dois dias" para reparar os danos.
Carlos Castro, vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com os pelouros do Desporto, Higiene Urbana e Proteção Civil, e Vítor Domingos dos Santos, presidente do Metropolitano de Lisboa (ML), anunciaram, em conferência de imprensa, uma investigação às causas do acidente. Pediram a intervenção do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) para o apuramento das responsabilidades.
"Será apurado se tem que ver com a fragilidade da estrutura do metro ou com causas externas", disse uma fonte do ML ao DN. Ou seja, se tem que ver com as obras do novo parque urbano da cidade, na Praça de Espanha.
Recorde-se que Carlos Castro referiu aos jornalistas, logo após o desabamento, que terá sido "um incidente decorrente da obra" que está em curso na Praça de Espanha. E que a causa será uma "falha técnica".
Um dos feridos é segurança do metro
O acidente foi comunicado às autoridades às 14.23, o que provocou a interrupção da circulação na Linha Azul. Esta foi retomada às 16:15 entre as estações da Amadora e das Laranjeiras e o Marquês de Pombal e Santa Apolónia.
De acordo com o INEM, tratou-se de um desabamento de terras para o túnel do metro. Posteriormente, os responsáveis do ML adiantaram ao DN que a queda foi fora das estações e entre as duas saídas da Praça de Espanha.
"Houve dois feridos muito ligeiros, que foram assistidos ainda no local e sem necessidade de deslocação ao hospital, e dois feridos ligeiros, que foram encaminhados para o hospital", confirmou a fonte.
Os dois feridos ligeiros que foram transportados para o Hospital de Santa Maria são um homem de 27 anos, que sofreu um traumatismo do membro superior, e uma mulher de 54 anos, que apresentava uma crise de ansiedade, segundo o INEM.
Duas mulheres, de 25 e 56 anos, foram assistidas no local, também com crises de ansiedade.
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"Um dos feridos ligeiros é o segurança do metro que se cortou no braço ao partir o vidro da porta do metro para fazer sair os passageiros", disse Carlos Costa, presente no local, em declarações aos jornalistas.
A mesma fonte indica que estavam cerca de 300 passageiros dentro das carruagens na altura em que o acidente ocorreu.
A Linha Azul do Metro de Lisboa estará encerrada ao público durante "um a dois dias", e o transporte de substituição será assegurado pela Carris, adiantou.
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No local estiveram o INEM, os Bombeiros Sapadores de Lisboa e a PSP.