1277 mortos e 29 912 casos em Portugal. Mais 252 infetados em 24 horas
Em 24 horas, foram registados em Portugal mais 14 mortos e 252 casos de covid-19 (um aumento de 0,85% face ao dia anterior). O país contabiliza, no total, 29 912 pessoas infetadas com o novo coronavírus e 1277 óbitos, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quinta-feira (21 de maio).
Estão internados 608, dos quais 92 em unidades de cuidados intensivos. A DGS indica também que 6452 pessoas recuperaram da doença, o mesmo número reportado na quarta-feira.
"71% dos casos encontram-se a recuperar no domicílio", afirmou o secretário de Estado da Saúde, António Sales, durante a conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia em Portugal.
António Sales adiantou ainda que "a taxa de letalidade global é de 4,3% e acima dos 70 anos é de 16,3%".
Atualmente, 2125 pessoas aguardam resultados laboratoriais e há 22 741 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, refere ainda o boletim diário da DGS.
Do total de infetados, 3317 são profissionais de saúde, informou o secretário de Estado da Saúde. 480 são médicos, 1088 enfermeiros, 935 assistentes operacionais, 159 assistentes técnicos, 105 técnicos de diagnostico e terapêutica, detalhou o governante. Há ainda cerca de 550 profissionais de saúde de outras áreas infetados.
"Já há 1071 profissionais de saúde recuperados", sublinhou António Sales.
Ainda em relação aos casos covid-19, na conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que há 70 trabalhadores da empresa Sonae, no centro de logística localizado na Azambuja, que foram diagnosticados com a doença, mas nenhum está internado. "Foram realizados 339 testes e 70 pessoas acusaram positivo", afirmou.
"Estão todos clinicamente bem, não estão internados. São trabalhadores jovens, muitos vivem em conjunto - são pessoas deslocadas", referiu.
Com 16 540 pessoas diagnosticadas com covid-19, a região Norte continua a ser a que regista mais casos. De quarta para quinta-feira, foi registado um aumento de 52 casos na região, onde há 717 mortes (mais 4 do que na véspera).
Na região Centro verificam-se 3662 casos (mais 7) e 232 mortes (mais 2), e em Lisboa e Vale do Tejo registam-se 8878 (mais 210) e o número de óbitos é agora de 297 (mais 8).
Mantém-se o registo de uma vítima mortal no Alentejo, região que tem 250 casos (mais 2 em relação ao dia anterior)
No Algarve, há mais um caso registado de covid-19, elevando o total para 357, mantendo-se os 15 óbitos reportados.
Os Açores mantêm os 135 casos de covid-19 e o registo de 15 mortos. A Madeira também reporta os mesmos 90 diagnosticados com o novo coronavírus, sem registo de vítimas mortais.
Os dados atualizados da DGS mostram que Lisboa mantém-se como o concelho com mais casos confirmados. São já 2076 pessoas que testaram positivo para covid-19 (mais 30 em comparação com quarta-feira). Vila Nova de Gaia surge logo a seguir com 1529 casos (mais 8).
O terceiro concelho mais afetado pela pandemia é o Porto, que regista 1336 casos de covid-19 (mais 2).
Há ainda mais três concelhos que ultrapassam as mil pessoas infetadas: Matosinhos com 1250 (mais 5, Braga com 1199 e Gondomar com 1065.
O relatório diário da autoridade de saúde indica que do total de infetados, 17 431 são mulheres e 12 481 são homens. Já em relação aos óbitos, 653 dizem respeito a mulheres e 624 a homens.
Do total de vítimas mortais, 864 tinham mais de 80 anos, 246 tinham entre os 70 e os 79 anos, 113 tinham entre os 60 e os 69 anos, 40 entre os 50 e os 59 anos, 13 entre os 40 e os 49 anos. O doente mais novo que morreu devido à covid-19 em Portugal tinha entre 20 e os 29 anos.
A faixa etária com mais casos confirmados é a dos 40 aos 49 (5059), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (5030) e das pessoas com mais de 80 anos (4379).
Há ainda 4416 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3752 entre 20 e os 29 anos, 3323 entre os 60 e os 69 anos e 2451 com idades entre os 70 e os 79 anos.
A DGS regista também 547 casos de crianças até aos nove anos e 955 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
A autoridade de Saúde indica ainda no boletim que 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 19% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.
Também esta quinta-feira, a DGS publicou o manual "Saúde e Atividades Diárias", no qual são apresentadas as medidas de prevenção e controlo da covid-19 em estabelecimentos de ensino, nomeadamente no regresso às aulas presenciais do 11.º e do 12.º ano e nas creches e amas.
De acordo com o manual, os alunos devem ser organizados em grupos, que devem ter, na medida do possível, horários de aulas, intervalos e refeições organizados de forma a evitar o contacto com os restantes grupos.
Para evitar um maior cruzamento de pessoas, "devem ser definidos circuitos de entrada e saída de aula para cada grupo e cada sala deve ser, sempre que possível, utilizada pelo mesmo grupo de alunos", lê-se no documento.
O manual indica que os espaços que não são necessários à atividade letiva devem ser encerrados.
Dentro da sala de aula, a DGS recomenda que deve ser garantida "a maximização do espaçamento entre alunos e alunos/docentes, mantendo a distância mínima de 1,5 a 2 metros, e virar as secretárias todas para o mesmo lado".
Toda a comunidade escolar deve cumprir as medidas de distanciamento, higiene pessoal e ambiental, "bem como usar máscara durante toda a atividade letiva", elenca a DGS.
É ainda recomendada "a higienização das mãos à entrada e saída do recinto e que sejam mantidas abertas as portas de acesso".
Entre as medidas que já são conhecidas - e que foram sendo divulgadas antes da reabertura das creches e das escolas - o manual elenca mais detalhes, nomeadamente no que diz respeito aos refeitórios e ao transporte.
Nos refeitórios, por exemplo, a deslocação para a sala de refeições deve ser desfasada para diminuir o cruzamento de crianças, ou em alternativa deve considerar fazer as refeições na sala de atividades. As crianças devem lavar as mãos antes e depois das refeições.
Os lugares devem estar marcados para assegurar o máximo de distanciamento físico possível e deve ser realizada a adequada descontaminação das superfícies utilizadas entre trocas de turno (mesas, cadeiras de papa, entre outras).
O manual apresenta também os procedimentos a adotar em creches e amas, como "a maximização do espaçamento entre crianças, incluindo no período de refeições, a organização das crianças e educadores em salas fixas e a entrega das crianças à porta da instituição".
Mais de cinco milhões de casos de contágio pelo novo coronavírus foram oficialmente declarados em todo o mundo, sendo que 70% correspondem à Europa e aos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da agência France Presse, até às 07:30 desta quinta-feira.
A doença covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.