Um Tributo aos meus alunos de Executive MBA
Alice no País das Maravilhas é um livrinho de fantasia escrito por Lewis Carroll em 1865. A história começa quando Alice segue um coelho branco até à sua toca e acaba por cair num buraco profundo, levando-a a um mundo mágico e absolutamente surreal.
Ao longo da história, Alice encontra personagens estranhos e totalmente bizarros, como é o caso do Chapeleiro Maluco, da Rainha de Copas ou do Gato de Cheshire, e passa por uma série de aventuras inesperadas e até perigosas. Alice tenta desesperadamente encontrar um caminho de volta a casa, mas é constantemente impedida por desafios cada vez mais absurdos.
Uma das questões que se colocam a Alice em conversa com o Gato de Cheshire, por exemplo, é precisamente a seguinte:
Alice - Podes dizer-me, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?
- Isso depende muito de para onde queres ir - responde o Gato.
- Para mim, acho que tanto faz... - diz a Alice.
- Nesse caso, qualquer caminho serve - afirmou o Gato.
No final, Alice acorda e percebe que toda a aventura foi apenas um sonho. Não obstante, Alice transporta consigo as lições e experiências que adquiriu ao longo do caminho. E não, não existe "um tanto faz nas escolhas do caminho".
Atualmente, podes adaptar as lições do livro de várias maneiras. Uma das principais lições é a importância de aceitares e abraçares o desconhecido. Adaptares-te a um ambiente completamente novo, assim como estares disposto a enfrentar novos desafios e situações é crucial.
Outra lição importante é a necessidade de manteres uma mente aberta, sendo curioso. Alice nunca parou de fazer perguntas e procurar respostas, o que a levou a descobrir coisas incríveis sobre si mesma e sobre o mundo em seu redor. A curiosidade faz-se crescer como pessoa.
Por último, A Alice no País das Maravilhas ensina-te a importância de confiares em ti mesmo e teres coragem para seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem impossíveis. Como Alice, podes enfrentar obstáculos e desafios aparentemente impossíveis se tiveres confiança na tua própria força e habilidades.
A Alice no País das Maravilhas é, assim, uma história intemporal que ainda tem muito a ensinar nos dias de hoje. E terá sempre. Deves estar disposto a experimentar o desconhecido, a manter a mente aberta e a confiar em ti mesmo e no teu potencial para superar os desafios da vida.
Em conversa com um ex-aluno que terminou agora o Executive MBA, perguntava-me ele qualquer coisa do tipo: - E agora, o que se segue?
- Agora, disse eu, agora segue-se o que quiseres. Aceitares o desconhecido, saíres sempre que possível da zona de conforto e experimentares novas ideias, manteres a mente aberta e a curiosidade intelectual para novas perspetivas e para te conheceres melhor e para todo o incrível que aí vem, sempre confiando em ti mesmo e na capacidade e competências que ganhaste ao longo do processo. És hoje mais autónomo, melhor decisor, mais completo e mais capaz de perceber que sem saíres do conforto não conseguirás chegar mais longe. Se apenas caíste no buraco, como a Alice, mas nada conseguiste aprender com ele está mal. O conhecimento que apreendeste foi importante, sem dúvida. Mas deves perguntar-te se isso foi o mais importante de todo o processo.
Acenou negativamente com a cabeça e deu-me um abraço. - É isso mesmo, disse-lhe eu, também aprendeste a tornar-te mais humano. Agora é só continuares a viagem.
Despediu-se dizendo-me: - Aprendi uma coisa fundamental com tudo isto. Sei muito melhor quem sou, o que quero, as minhas limitações e pontos fortes e onde devo procurar se tiver alguma dúvida ou questão na vida. E sei que conto com todos os que passaram por mim.
Só lhe respondi dizendo: - Se aprendeste tudo isso neste processo, pois aprendeste muito. Agora é só voares. Voa bem. Voa longe. Voa alto. E onde houver linhas éticas a não cruzar, pois não as cruzes. No mais, voa.