Temos na Festa uma visão de futuro

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A 49.ª edição da Festa do Avante foi um grande êxito, não apenas para quem nela participou mas para toda a gente que nela teve um espaço de discussão e debate das soluções para os seus problemas e necessidades.

Há quem queira silenciar a Festa do Avante e, até, quem queira que ela não se realize. Para isso usam os instrumentos que têm à mão, incluindo os meios de comunicação que dominam, para tentar apagar a Festa do mapa, para a diminuir, caluniar e até para exigir o seu cancelamento.

Esses objectivos saíram derrotados, a Festa do Avante foi um êxito e os seus efeitos vão certamente fazer-se sentir nas forças redobradas que dali saíram para a acção política, cultural e social nas mais diversas frentes da vida nacional.

A Festa do Avante é o maior acontecimento político-cultural nacional. Ela tem, obviamente, a marca do PCP e da política que o PCP defende. Na forma como é planeada, construída e posta a funcionar. Na forma como se garante uma agenda cultural diversificada, pensada para que todos possam nela encontrar aquilo a que gostam de assistir ou em que gostam de participar. Na forma como se criam condições para ultrapassar limitações individuais que resultam de doença ou deficiência e, até, da pedagogia feita junto das novas gerações para que interiorizem a importância desses valores humanistas. Na forma como exposições, teatro, concertos, práticas desportivas ou tradições gastronómicas convivem no mesmo espaço com a discussão política e a realização de dezenas de debates e do maior comício que acontece anualmente em Portugal.

A Festa mostra o melhor da natureza humana e fá-lo desmentindo ideias feitas. É uma cidade de três dias erguida sem fronteiras e mostra como a identidade do povo português pode ser afirmada e integrar-se de forma harmoniosa com outras culturas e povos. Ela mostra que a solidariedade, a amizade, a cooperação são sentimentos prevalecentes do ser humano que precisam da forma certa de organização social para que possam brotar genuinamente nas relações sociais. Ela mostra gente que se agiganta quando sente que o seu contributo, por pequeno que possa ser, é valorizado no grande resultado colectivo de uma realização com a dimensão da Festa. Ela mostra como os jovens de hoje conseguem fazer muita coisa por si, que têm iniciativa e se mobilizam, que assumem responsabilidades e dão contributos válidos, que querem saber da política sem ser a olhar para o seu umbigo ou apenas a pensar como podem dela retirar proveito próprio.

A Festa do Avante mostra a ligação profunda e forte dos comunistas e do seu Partido à vida do seu povo e do seu país. Mostra a força da convergência com quem, não sendo comunista, encontra no seu exemplo uma referência para a acção política e social. Mostra como o ideal de liberdade, democracia e justiça social que faz mover os comunistas há mais de 100 anos é o mais sólido alicerce para a construção de uma sociedade nova.

É aí que está a força da Festa e a razão do seu êxito.

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