Suécia: um aliado de Portugal na NATO

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7 de março foi um dia histórico para a Suécia. A Suécia tornou-se membro da NATO. É um marco assinalável para o meu país que implica uma mudança profunda e imediata na política externa e de segurança da Suécia. A Suécia aderiu agora orgulhosamente, como 32.º aliado, a esta Aliança cuja importância para a segurança internacional nunca foi tão grande. A Suécia deixa para trás 200 anos de política de não-alinhamento militar. É um passo importante, mas ao mesmo tempo um passo muito natural.

A invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia foi um ponto de viragem irreversível para a segurança sueca, europeia e global. A adesão da Suécia à NATO é um resultado direto desta guerra de agressão ilegal, não-provocada e indefensável. O objetivo da Rússia com esta guerra é recriar um império e derrubar violentamente a ordem de segurança europeia. A Ucrânia está, portanto, também a defender a nossa segurança e a nossa liberdade. Um apoio forte, previsível e sustentado à Ucrânia é o nosso principal meio de influenciar as ações da Rússia.

Nestes tempos perigosos, as adesões da Suécia e da Finlândia à NATO tornam a situação na nossa região da Europa mais previsível. Aumenta a dissuasão para um conflito armado na nossa vizinhança. Aumenta a segurança e a estabilidade, tanto para nós, como para os nossos aliados. Foi por isso que a Suécia se tornou membro da NATO. Para auferir segurança, mas também para fornecer segurança.

A Suécia tomou uma decisão livre, democrática e soberana ao aderir à NATO. Há um amplo apoio no nosso Parlamento e entre a população. Isto é um ponto forte, tanto para a Suécia como para a Aliança. Como uma democracia forte, a Suécia defenderá os valores do Tratado do Atlântico Norte, assinado há 75 anos: liberdade, democracia, liberdades individuais e Estado de Direito.

A unidade e a solidariedade irão iluminar o caminho da Suécia como membro da NATO. Partilharemos encargos, responsabilidades e riscos com os outros aliados.

A Suécia tem capacidades únicas para contribuir para a defesa coletiva da NATO: na terra, no ar, no mar. Contribuiremos para a segurança da NATO como um todo, de acordo com a abordagem de 360 graus da Aliança. O nosso apoio à Ucrânia é uma parte fundamental desta abordagem. Estamos a fortalecer toda a nossa Defesa Nacional. A Suécia cumpre a meta da NATO de 2 % do PIB.

A adesão da Suécia à NATO não é um fim, mas sim um começo. Esperamos tornar o mundo mais seguro e mais livre, juntamente com os nossos aliados da NATO, incluindo Portugal, tal como foi transmitido na reunião da semana passada, entre os nossos ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas. Estamos muito gratos pelo forte apoio que nos foi dado durante o processo de adesão e esperamos uma excelente colaboração com o novo Governo português.

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