Sempre solidários 

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A Fundação Manuel António da Mota e o Grupo Mota-Engil, em parceria com a TSF, promovem, há 16 anos, o Prémio Manuel António da Mota.  

Criado em 2010 com o objetivo de reconhecer anualmente organizações que se destaquem nos vários domínios de atividade da Fundação, a ele já se apresentaram mais de mil organizações da nossa sociedade e foram distinguidas mais de cento e cinquenta. 

Em 2025, o lema do prémio foi “Sempre Solidários”, significando o compromisso com um país mais justo, coeso e solidário. 
 
O prémio distingue as instituições que se notabilizem na luta contra a pobreza e exclusão social, acolhimento e integração de migrantes e refugiados, valorização do interior e coesão territorial, saúde, educação, emprego, apoio à família, inovação e empreendedorismo social, inclusão e transição digital e tecnológica e transição climática. 

Porventura nem sempre teremos consciência que nesta nação mais velha da Europa coexistem vários países . 

Um país distante das pessoas, individualista, muitas vezes julgando-se auto-suficiente e, quase sempre, distante da solidariedade para com o outro. 

E há depois um outro país. O país onde os cidadãos se preocupam com o bem-estar dos outros, onde o infortúnio do nosso semelhante nos desperta para necessidade de o ajudar, o país que se constrói em rede chamando a participar todos aqueles que podem dar um contributo. 

Quem escreve estas linhas não é neutro nesta apreciação. Sou administrador da FMAM e estive na atribuição de todos os prémios. 

Vi candidaturas de todo o país e vi candidaturas dos mais variados tipos de actividades e iniciativas. Em comum todas tinham a generosa ideia de que podemos/devemos ser Sempre Solidários com o outro. 

Este ano, na 16ª edição do prémio, foram distinguidas dez organizações. 

Com menções honrosas à ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, Brigada do Mar, CAID - Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente, CASA - Centro de Apoio ao Sem-Abrigo, Centro Assistencial Cultural e Formativo do Fundão, Centro Paroquial e Social de Lanheses e Fundação Rui Osório de Castro. 

O 3.º lugar foi atribuído ao MADI - Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual de Vila do Conde e o 2.º prémio foi atribuído à Cáritas da Ilha Terceira. 

A Associação para a Promoção do Investimento nos Territórios de Baixa Densidade, com sede em Miranda do Douro, venceu a edição deste ano com o projeto Rural Move - Plataforma de Apoio a Novos Rurais https://ruralmove.org/  

Iniciativa que visa promover o investimento e o repovoamento. O projecto destina-se a todos os que desejam viver, trabalhar ou investir em territórios rurais - os chamados "novos rurais" ou Rural Movers - com destaque para jovens, trabalhadores remotos, empreendedores, migrantes e a diáspora. 

Há um país, que está aqui mesmo ao lado para o qual devemos olhar. 

Sempre solidários. 

Advogado e gestor

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