Porque o prometido é devido

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No pretérito dia 28 de novembro, na reunião em que participei no Ministério da Administração Interna e em que, por violação de relação de confiança por parte do Governo, informei a Sra. Ministra da indisponibilidade da ASPP/PSP para a continuidade de negociação, um membro da equipa ministerial achou por bem vincar, que ali estávamos graças ao Acordo celebrado em julho de 2024.

Algo que não passou despercebido aos presentes e que não deixa de ser "interessante", pois reiteradamente o venho a dizer e muitos ainda hoje o refutam de forma "romântica", garantindo que, mesmo sem Acordo, ali estaríamos.

Sem Acordo a negociação não existiria! Ela "continua" por força do Acordo. Assumo-o eu que não o abandonei e o assinei. Assume-o o anterior Governo que o assinou e o atual que o "herdou".

Ainda sobre a reunião em questão, não há dúvidas de que o Governo saiu muito mal desta, pois optou pela não discussão das matérias com as quais se comprometeu e que seriam imprescindíveis para a melhoria das condições dos profissionais da PSP e, consequentemente, de toda a comunidade.

Mas não terá sido o Governo o único interveniente a fracassar. Outros ali presentes "naufragaram" perante uma "não proposta" apresentada e a promessa do cumprimento "sine die" do estabelecido - ao não se oporem, nada dizerem, levou-me a mim e certamente ao Governo a acreditar que por ali se manteriam e apresentariam na data agendada para discussão do "nada".

Mas nem tudo foi e é mau. Apesar de um perceptível desnorte ao se aperceberem da decisão tomada pela ASPP/PSP, após um ano de incongruências, fruto de um notório amadorismo, têm agora estes "profetas" inconformados a oportunidade de mostrar trabalho, transformando as malfadadas "migalhas" de outros no seu tão desejado "pão nosso de cada dia", terminando assim com as "restrições alimentares" dos polícias.

Da parte da ASPP/PSP, fomos até onde conseguimos e nos permitiram ir com a seriedade e responsabilidade que nos são reconhecidas, conquistando algo tangível e efetivo. Agora, em consciência, porque o prometido é devido, noutros termos, reivindicaremos pelo que falta.

A Luta Continua!

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