O que ajuda a aumentar o desejo sexual?

O desejo é a expressão da nossa individualidade, das nossas preferências, fantasias e imaginação. Assim, o desejo sexual permite manter a surpresa, o mistério e o erotismo numa relação.

Mas, com o tempo, muitas relações amorosas entram na rotina e surge alguma monotonia, tantas vezes inimiga do desejo sexual, que pode esbater-se ou mesmo desaparecer. O que fazer para que a chama do desejo se mantenha acesa?

Embora não existam receitas mágicas para aumentar o desejo erótico, sabemos que este tende a crescer perante o desconhecido, a novidade e a imprevisibilidade. Falamos de ingredientes que apimentam a relação e ajudam a quebrar a rotina, na medida em que introduzem a surpresa e o inesperado. Por isso, é tão importante arriscar e surpreender o outro, explorando o relacionamento sexual de novas formas.

Também o mistério e a imaginação potenciam o desejo sexual. Os animais têm sexo, é verdade, mas os seres humanos são os únicos que têm uma vida erótica, aumentada pela imaginação. Aqui, falamos do importante papel das fantasias sexuais, que permitem sonhar e explorar novas sensações e atividades. As fantasias sexuais possibilitam ainda assumir papéis diferentes em contextos muitas vezes impossíveis e podem funcionar como um estímulo sexual, aumentando a vontade em ter atividade sexual e a excitação durante a sua prática.

"O sexo não é algo que se faz, é um lugar a que se vai (...) é uma linguagem, não é apenas um comportamento." Pois bem, façamos as malas e aprendamos essa linguagem para viajarmos até esse lugar!

E não, as fantasias sexuais não nos tornam promíscuos nem são necessariamente um sinal de que o relacionamento atual não é sentido como gratificante, até porque alguns estudos indicam que a maior parte das pessoas tem fantasias sexuais que envolvem os parceiros.

E devem os parceiros partilhar entre si as suas fantasias sexuais? Se ambos se sentirem confortáveis com essa partilha e conseguirem comunicar de forma saudável, sem críticas ou juízos de valor, claro que sim. E quem sabe até, realizar algumas dessas fantasias, de forma mais ou menos realista ou encenada, o que poderá fortalecer a relação e a intimidade no casal. Não esquecendo, naturalmente, o respeito por si e pelo parceiro, pelo que devem também partilhar os seus limites e aquilo que sentem de forma genuína. Sem tabus.

Como diz a psicoterapeuta Esther Perel, "o sexo não é algo que se faz, é um lugar a que se vai (...) é uma linguagem, não é apenas um comportamento". Pois bem, façamos as malas e aprendamos essa linguagem para viajarmos até esse lugar!

Psicóloga clínica e forense terapeuta familiar e de casal

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