O novo palco da democracia e o sinal claro da mudança em Portugal

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Vivemos numa era em que a política se faz cada vez menos em gabinetes fechados e cada vez mais nos ecrãs que todos transportamos no bolso. As redes sociais transformaram-se numa ferramenta essencial para compreender o país, dialogar com os cidadãos e perceber, em tempo real, o que preocupa e move a sociedade portuguesa. A comunicação política está em constante evolução e quem não o reconhecer ficará inevitavelmente desligado das pessoas.

Hoje, as redes sociais são mais do que uma extensão da comunicação institucional: são uma fonte diária de informação, um espaço de debate público e uma plataforma onde qualquer cidadão pode expressar a sua opinião sem intermediários. Democratizaram a voz, quebraram barreiras e abriram caminho a uma participação cívica mais ativa, mais transparente e mais exigente.

Naturalmente, este fenómeno tem impacto direto na política. O papel das redes sociais na formação de opinião é inegável: influenciam agendas, amplificam causas, discutem soluções e expõem contradições. É nelas que nascem debates que, por vezes, não encontram espaço nos meios tradicionais. É nelas que se travam conversas que muitos tentariam silenciar. É também nelas que se multiplicam cidadãos atentos, críticos e informados.

O Chega foi um dos partidos que mais cedo percebeu esta transformação. Não por cálculo, mas porque representamos precisamente aqueles que, durante muito tempo, não tiveram voz no espaço público tradicional. As redes sociais tornaram-se o local onde milhares de portugueses finalmente se sentiram representados e puderam expressar livremente preocupações que antes eram ignoradas ou classificadas como incómodas. Foi neste espaço de liberdade que muitos encontraram um movimento político que lhes falava diretamente, sem filtros e sem medo.

Os números falam por si. Os resultados expressivos do Chega nas redes sociais com um crescimento contínuo de seguidores, interações e alcance não são fruto de campanhas artificiais: são o reflexo da mudança real que atravessa o país. São pessoas que acreditam que Portugal pode ser diferente. São cidadãos que caminham connosco porque veem no partido uma força que não abdica dos seus princípios e que luta diariamente por um país mais justo, mais exigente e menos resignado.

As redes sociais provaram que há uma geração e não falo apenas de idade, mas de mentalidade que não aceita silêncios nem tutelas. Procuram informação alternativa, comparam dados, expõem incoerências e procuram respostas. E nós, enquanto representantes eleitos, temos a responsabilidade de estar presentes, ouvir, esclarecer e agir.

Por isso, não é surpresa que tantas das nossas propostas ganhem força primeiro no debate digital, antes de chegarem ao Parlamento. As redes sociais são hoje um espaço incontornável de escrutínio e cidadania. São, muitas vezes, o primeiro sinal de que o país mudou antes da política o reconhecer.

Claro que há quem tente desvalorizar este fenómeno. Há quem ataque, tente descredibilizar ou procure travar esta presença crescente do Chega no espaço digital. Mas a verdade é simples: quando milhares de pessoas nos seguem, nos escrevem, nos apoiam e nos desafiam, isso não é apenas um dado estatístico. É uma demonstração clara de que existe um país que não se revê nas velhas estruturas políticas e procura uma alternativa firme e coerente.

Podem tentar deitar-nos abaixo. Podem tentar travar-nos. Podem criar narrativas para nos enfraquecer. Mas continuaremos a fazer aquilo que sempre fizemos: trabalhar por Portugal e pelos portugueses. Sempre de forma transparente, próxima e sem receio do escrutínio.

As redes sociais são hoje uma ferramenta de trabalho indispensável, mas, acima disso, são o espelho de uma mudança profunda. Uma mudança que não começou nos gabinetes começou nas pessoas. E é ao lado delas que continuaremos, firmes e unidos, pela construção de um Portugal melhor.

Economista e deputado à Assembleia da República

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