Um dos maiores erros em política é o de não saber interpretar a mudança e ficar preso nas velhas formas de fazer da mesma.Tem sido este o erro de alguns partidos: achar que a política ainda se faz exclusivamente de lealdades partidárias, que tantas vezes sacrificam o mérito à bolha partidária que se substitui à análise racional dos problemas das pessoas. Quando partidarismo e radicalismo ideológico se juntam só podemos esperar uma mistura perigosa entre os yes-men e yes-women da partidarite e os fanáticos e radicais ideológicos. Vi muito disto mesmo na minha experiência como Presidente de Câmara. Por três vezes propus a isenção de IMT para os mais jovens na compra da sua primeira casa. Por três vezes a oposição a chumbou, meramente por capricho ideológico e por conveniência partidária. Decidi avançar sem hesitações com o Túnel de Drenagem, uma obra essencial para Lisboa sobre a qual – pensava eu – todos concordariam; mas descobri depois que o mesmo “Bloco da Esquerda”, liderado pelo PS, acha normal “pensar” se se deve ou não parar as obras em curso. Decidi assegurar um Plano de Saúde gratuito para os mais idosos, que hoje garante a 16 000 idosos o acesso a um médico. Pensei que seria consensual que a saúde é um imperativo social. Mas a esquerda radical, onde este PS se quis incluir, criticou a medida desde o início dizendo que não se podia incluir os setores social e privado numa resposta como esta. É este o ridículo a que chegam aqueles que preferem o partido e o radicalismo ideológico às necessidades das pessoas. Acabam por viver num mundo à parte, fechado e isolado, longe das pessoas. Por isso é que em 2021 apresentei aos lisboetas uma nova forma de fazer política centrada nas pessoas. Inaugurámos novos modos de participação cívica, como o Conselho de Cidadãos, que é já um exemplo a nível europeu. Implementámos medidas como os transportes públicos gratuitos para os mais idosos e os mais jovens, e apostámos a sério na inovação, aposta que se traduziu em mais 16 000 oportunidades de emprego na cidade.Fizemos tudo isto em apenas 4 anos, depois de 14 anos de governação PS. Não podemos comprometer agora tudo o que fizemos. Lisboa e os lisboetas não merecem voltar para trás. É por isso que reforçámos a equipa para melhor servir os lisboetas. Não me fechei nas bolhas partidárias nem muito menos no radicalismo ideológico. Depois de 4 anos, voltámo-nos a abrir à sociedade e a ir buscar os melhores. Apresento aos lisboetas uma equipa cuja escolha se guiou por um critério fundamental: a capacidade demonstrada de executar projetos aliada à novidade de quem tem provas dadas na sociedade civil.No dia 12 de outubro também estará em jogo uma escolha de equipas. E a escolha já é clara: é entre quem tem provas dadas, quem se abre à sociedade e dá lugar ao mérito e à competência; quem está ao serviço dos lisboetas e que se candidatam ‘Por Ti, Lisboa’, ou quem escolhe ser apenas do contra e que faz escolhas fechando-se à sociedade, guiando-se pela bolha partidária e pelo radicalismo ideológico. Lisboa é uma cidade aberta ao mundo, assim deve ser a equipa que se propõe servir os lisboetas. A equipa que lidero é a mais preparada e a mais experiente para dar ainda mais aos lisboetas. Lisboa não pode parar.Presidente da Câmara Municipal de Lisboa