'La Dame de Faire'

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Valérie Pécresse é a candidata que a direita francesa lança contra Emmanuel Macron. O motor da França gripou há 10 anos. Os problemas são ignorados pela classe política, especialmente pela maioria macronista. Como resultado, vieram os gilets jaunes, a abstenção, a falta de perspetivas e o populismo. Macron responde com "presentes avulso". Macron e Sócrates têm muitíssimo em comum.

Para os portugueses, Valérie Pécresse é uma escolha amiga. "A comunidade portuguesa é muito importante e vejo que as pessoas da comunidade estão a ter cada vez mais responsabilidades na vida política francesa" dizia à Radio-Alfa, acrescentando que "há um compromisso da comunidade para trabalhar para o bem comum". Próxima de Paulo Marques, o presidente da Cívica, a grande associação de autarcas luso-descendentes, quis firmar no ano passado uma parceria entre regiões em Lisboa e implementou uma aplicação gratuita para que todos possam aprender a língua portuguesa.

"Rien de tel qu"une femme pour faire le ménage", diz sem papas na língua. Nunca antes o velho partido de De Gaulle e de Chirac teve uma mulher ao leme. "O nosso grande desafio será o de refazer uma nação", diz aos franceses, desejando "recriar o sentimento de estarmos todos por um e um por todos".

D"Artagnan não é D. Quixote. Valérie Pécresse veio para mudar o sistema. Promete uma "direita das convicções e das soluções". Em Madrid, em Lisboa, os novos tempos dão exemplos claros de que os eleitores, quando lhes são propostos candidatos com convicções e espinha dorsal, se mobilizam e mandam embora as velhas guardas. A Europa precisa, de facto, que a França volte a ser um motor potente, capaz de fazer andar o navio mais rápido que os seus concorrentes. "A minha mão não treme", diz Valérie Pécresse, face aos problemas. Venha a esperança.

PrEsidente (LR) do Conseil Consulaire representativo dos franceses em Portugal

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