Círculo de negócios em língua portuguesa. Será que existe?

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Existe, de facto, desde janeiro, pelo que o “Encontro Networking de Elite”, do próximo dia 13, em Lisboa, funcionará como um balanço das actividades deste primeiro ano e, prospectivas para 2026.

Propósitos da CNLP, desafios e as idiossincrasiazinhas do “patrão tuga” e do empresário português:

Pretende filtrar um pouco mais que as câmaras de comércio, já que agrupa empresas em núcleos de desenvolvimento/parceria, sem o risco de serem concorrentes entre si e entre os vários núcleos estabelecidos. A língua é o elo comum, “do Minho a Timor”, e por isso a ambição e alcance lusófono deste Círculo, que se quer de negócios e influência!  Este é o princípio básico, para de seguida vir a luta da fundadora, a Engenheira Olga Amorim, que terá pela frente o grande desafio de lidar com outros portugueses, todos com narizes, uns menos empinados, outros com mais mostarda!

E este é o ponto que é necessário qualquer português compreender. A primeira derrota é falarmos a mesma língua e não nos entendermos, a segunda, os “ouvidos de mercador”! Tudo nobreza, mesmo quando dizem “Portugali”, que é mais barato!

Como é que se mobiliza e incentiva “esta gente”, que somos nós? Com mentiras novas!

É verdade, a Engª Olga vai ter que inventar, permanentemente, nasceres do sol e super-luas, para manter o foco dos associados. Ou seja, a CNLP deverá ter um departamento de comunicação robusto, que deverá apresentar semanalmente propostas, actualizações, oportunidades de negócio em mercados não tradicionais, actividades/agenda das mais diversas câmaras de comércio, palavras-cruzadas, mais o vídeo do gatinho! Ou seja, um projecto destes para resultar, tem que proporcionar o que os outros não proporcionam, a oportunidade da “inscrição”, cuja falta o nosso José Gil identifica como o principal falhanço português, de sempre! “Trocado por miúdos”, o termo equivale ao popular “vestir a camisola”! Em resumo, fica a sugestão “raulesca”, criar dentro do https://cnlpnegocios.com/pt um “CNLP Times” ou um “CNLP News”, esmiuçando ao máximo as novas tecnologias. “Onde não há imagem, não há notícia”, sendo este um vazio a preencher.

Quanto à importância da língua portuguesa, passados 900 anos, com 300 milhões de falantes, sexta língua do planeta e ainda não oficial na 45 de Nova Iorque, lembro-me sempre que, “integridade” é o que fazemos e dizemos, quando temos a certeza que ninguém está a ver e a ouvir. Francamente, só vejo espanhóis nascidos em Portugal!

Bon Courage CNLP, “não sejas francesa, tu és portuguesa, tu és só p’ra nós”!

Politólogo/Arabista

Professor do Instituto Piaget de Almada

www.maghreb-machrek.pt

 

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.

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