Foram tantos os Amanheceres Sonhados e Desejados pela Nação Angolana que fica por compreender a continuidade de tantos antogonismos. Não é que no decorrer da História de um País ,os antagonismos não surjam. Eles surgem e reflectem posicionamentos de varia ordem no domínio cultural, político, social e noutras esferas da práxis de uma Sociedade e Nação em reconstrução..Porém decorridos que estão 47 anos de História do território Angolano, julgo que o Amanhecer na Esperança deve resultar ou deveria assentar em caminhos que os Valores da Constituição da República Angolana fossem sempre o suporte inquestionável para inovar, mudar, respeitar, ouvir e construir sem exclusão. .No Amanhecer da Esperança em nenhuma mesa devia faltar o pão e em cada casa um forte sentido de união. A minha Geração e outras cresceram com o Sonho de erguer na Diversidade de Saberes e de Opinião e do mérito para criar uma Nação una e Fraterna..A Democracia é o caminho a seguir em Angola..A minha Geração e outras cresceram com o Sonho de erguer na Diversidade de Saberes e de Opinião e do mérito,uma Nação una e Fraterna. Assim foi a partir da vivência familiar e tempo das Campanhas de Alfabetização, das Campanhas de Recolha de Cana de Açúcar na Tentativa e naquilo que implicava a socialização a partir da frequência escolar e da prática desportiva. No Amanhecer da Esperança há um claro recuo à Memória porque a mesma integra este Amanhecer de Esperança a que legitimamente Todos os Angolanos (Mulheres, Homens, Jovens e Crianças) ansiaram e desejam..Porque o sonho legítimo da Independência não implicava o que a narrativa documental e os factos demonstraram. Mas no Amanhecer da Esperança não se aprendeu com erros inscritos na Memória Colectiva da História. .Esqueceram-se Ideais, excluíram-se Pessoas necessárias à Reconstrução e predominou o Poder pelo Poder esquecendo-se o mais essencial da Condição Humana. Dizem alguns analistas que noutros Países do Mundo também se passa isto e aquilo em termos Humanos e Sociais. .Mas nalguns Países não são precisos geradores para consumo doméstico de água e luz. E ter acesso a estes bens essenciais que fazem de vários Direitos Humanos, há quem persista em manter milhares de Pessoas no Esquecimento e no não acesso a elementares Direitos Fundamentais. Tenho dito e assumo que há milhares de Seres Humanos sérios e íntegros em Angola e que fazem do seu dia a dia um exemplar e admirável compasso de Dignidade. .A resiliência é a marca do Povo Angolano e por essa razão e outras ha muito tempo que Urge Pensar e Sentir diferente. E o curso neste Amanhecer de Esperança é que o Poder dança as Músicas de intervenção interpretadas e cantadas por notáveis Músicos como Paulo Flores, as canções que deixou Waldemar Bastos, Carlos Burity,Zé Leno, Tio Liceu Vieira Dias e o seu N'Gola Ritmos, Sofia Rosa, Urbano de Castro,Belita Palma, Lourdes Van-Dunem, Yuri da Cunha nesta recente dupla com Paulo Flores, mas esquece, presumo que falar em nome do Povo não pode, nem deve ser retórica. .Como se explica decorridos todos este anos e permanece a Pobreza ao lado do luxo e desperdício? Esta pergunta não decorre de qualquer ligação partidária ou opção por este ou aquele Partido. Não. Decorre de um exercício de Cidadania Inclusiva que pensa nos Outros e num Povo sofrido..Admitamos está factualidade. Escreveu o brilhante e Histórico Escritor Óscar Bento Ribas e cito que "Luanda é a Luz dos Meus Olhos que a minha Cegueira não retirou". Profundo este Pensamento de Óscar Ribas. E acrescento a esta inesquecível Reflexão de Óscar Ribas que Angola é a Luz dos Meus Olhos que a minha Visão e Sentir não esqueceu , nem esquece..No Amanhecer da Esperança pós Independência não existiam bilionários, nem tão poucos trilionários. Existia e existe Povo que desejava prosseguir a Nação de acordo com os Ideais todos. .Já o disse num artigo de Opinião publicado no Novo Jornal sobre a Independência, que muitos são os desafios e sem a consciência de que os desafios impostos à Nação requerem efectiva Consciência patriótica e democrática e sem esse Olhar, é claramente uma forma de hipotecar o presente e o futuro. Será que a classe política e quem integra as formações partidárias não pensa que um dia pela força da Natureza morrerá?.Até quando está indiferença e este abismo entre o o extremo luxo e a Pobreza? Até quando? Porquê?Mas o acesso à Dignidade e ao bem estar social é pertença apenas de um número circunscrito de Pessoas? Porquê? Quais são os fundamentos dessa obsessão face à acumulação de capital público sem Olhar à volta ? É possível que em cada Amanhecer de Esperança reflicta-se com Emergência sobre actos que nada abonam o sentido formal da Governação. Talvez a ciência da Psicologia explique este karma da obsessão do Ter, do Ter sem saber Ser..Quero acreditar que neste exercício de reflexão individual que nos próximos Amanheceres de Esperança se pense que o Estado de Direito Democrático só se consolida respeitando garantias constitucionais e reduzindo substantivamente graves assimetrias sociais e económicas. .Sem essa noção não há Estado de Direito Democrático. É um caminho vago e sem sinalização de que Governar é servir o Povo e a Nação. E o Debate público não pode ser censurado pelos Órgãos de Comunicação Social Estatal e dita Privada. Não pode ser assim. A dinâmica da História não para e por essa crucial observação, é muito Urgente ver o todo da Nação com patriotismo porque a Democracia faz-se de diferenças de Opinião, cujo denominador comum, deveria ser o Bem Colectivo da Nação, logo das Pessoas e dos Eleitores. Sem isso, não há Desenvolvimento Humano Sustentável possível nem a Paz que se deseja..Um Abraço neste Amanhecer de Esperança .