Este é um momento perigoso para a Europa e para os que, em todo o mundo, valorizam a liberdade. Ao lançar o seu ataque brutal sobre o povo da Ucrânia, Vladimir Putin perpetrou igualmente um ataque aos princípios que sustentam a paz e a democracia global. Mas o povo da Ucrânia é resiliente. Os ucranianos vivem em democracia há décadas e a sua coragem está a inspirar o mundo. Os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros em todo o mundo, continuarão a apoiar o povo ucraniano na defesa do seu país. Ao optar por gastar dinheiro numa guerra em vez de investir nas necessidades dos russos, a invasão da Ucrânia por Putin será um fracasso estratégico para o Kremlin e devastará o futuro do povo russo. Quando a história desta era for escrita, mostrará que a opção de Putin de lançar um ataque não provocado, injusto e premeditado deixou o Ocidente mais unido e a Rússia exponencialmente mais fraca. Não deve haver dúvidas sobre a prontidão da maior aliança militar da história do mundo: a NATO está mais unida do que nunca..Unidos na nossa resposta.Isto não vai acabar bem para Vladimir Putin. Juntos, os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros estão a tomar medidas para responsabilizar a Rússia. Como resultado da coordenação de sanções globais sem precedentes, os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia, o Japão e o Canadá removeram alguns bancos russos do sistema de mensagens SWIFT e impuseram medidas restritivas ao Banco Central da Rússia. O presidente Biden anunciou amplas sanções financeiras e rigorosos controlos nas exportações que prejudicarão a economia, o sistema financeiro e o acesso à tecnologia de ponta da Rússia. Depois de Putin iniciar a sua invasão, o rublo atingiu o seu ponto mais fraco da história e o mercado de ações russo caiu abruptamente. Juntamente com o Reino Unido e a União Europeia, os Estados Unidos impuseram sanções aos arquitetos desta guerra, incluindo ao próprio Putin. Ao agir em estreita coordenação com um poderoso conjunto de aliados e parceiros que representam mais de metade da economia global, ampliámos o impacto das nossas ações de forma a impor os maiores custos possíveis a Putin e ao seu regime. Em resposta à guerra que Putin escolheu, limitaremos a capacidade de a Rússia fazer negócios em dólares americanos. Vamos dificultar a capacidade de a Rússia financiar e aumentar as suas forças armadas. Vamos enfraquecer a capacidade de a Rússia competir na economia global. E estamos preparados para fazer mais..Além das penalizações económicas, o presidente Biden autorizou 350 milhões de dólares adicionais em assistência de segurança para ajudar a Ucrânia a defender-se no imediato, elevando a assistência total em termos de segurança dos Estados Unidos à Ucrânia nos últimos 12 meses para mais de mil milhões de dólares. Também estamos prontos para defender os nossos aliados da NATO. O presidente Biden coordenou com os governos aliados para posicionar milhares de forças adicionais na Alemanha e na Polónia como parte do nosso compromisso com a defesa coletiva da NATO. Autorizou o envio de forças terrestres e aéreas, já estacionadas na Europa, para os flancos leste e sudeste da NATO: Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia. Os nossos aliados também adicionaram as suas próprias forças e capacidades para garantir a nossa defesa coletiva. Prestamos homenagem aos esforços de Portugal para ajudar a Ucrânia através do envio de coletes e capacetes, armas, granadas e munições, bem como pelos 174 soldados portugueses que irão para a Roménia. Portugal também abriu as suas portas aos refugiados ucranianos, como já vimos Portugal fazer muitas vezes a outros no passado..A guerra não provocada e premeditada de Putin.Este foi um ataque que Vladimir Putin planeou há muito tempo. Rejeitou todos os esforços de boa-fé dos Estados Unidos e dos nossos aliados e parceiros para abordar as suas fantasiosas preocupações de segurança e para evitar conflitos e sofrimento humano desnecessários através da diplomacia e do diálogo..A Rússia continua a justificar a sua ofensiva militar alegando falsamente a necessidade de parar o "genocídio" na Ucrânia - apesar de não haver qualquer evidência nesse sentido. Vimos a Rússia usar estas táticas no passado, quando invadiu a Geórgia em 2008 e a Ucrânia em 2014..Do lado dos Estados Unidos, temos sido transparentes com o mundo. Desclassificámos informações secretas sobre os planos da Rússia para que não houvesse hipótese de se gerar confusões nem tentativas de encobrimento. Putin é o agressor e escolheu esta guerra, e agora o seu povo está a sofrer as consequências da sua decisão de investir na guerra e não nas pessoas..Unidade e determinação transatlântica mais forte do que nunca.O objetivo de Putin de dividir o Ocidente falhou. Perante um dos maiores desafios à segurança europeia e aos ideais democráticos desde a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros uniram-se em solidariedade. Unimo-nos, para darmos resposta de forma coordenada à Rússia e à Ucrânia, fornecer assistência à Ucrânia, desenvolver uma resposta ampla e massiva e reafirmar o nosso compromisso com a NATO..Putin falhou na tentativa de nos dividir. Putin falhou na tentativa de minar a nossa crença partilhada no direito fundamental das nações soberanas de escolher o seu destino e os seus aliados. E Putin falhará em apagar a orgulhosa nação da Ucrânia. Putin provocou grande sofrimento ao povo da Ucrânia. Mas o povo ucraniano conhece 30 anos de independência e demonstrou repetidamente que não tolerará ninguém que tente fazer o seu país retroceder..O mundo está a observar este conflito de perto e, se as forças russas cometerem atrocidades, procuraremos todos os mecanismos internacionais que possam ser usados para responsabilizar os culpados - sejam militares ou os seus líderes civis..A agressão de Putin contra a Ucrânia terá custos profundos para a Rússia, tanto a nível económica quanto estratégico. O povo russo merece mais da parte do seu governo do que o imenso custo para o seu futuro que esta invasão provocou..A liberdade, a democracia e a dignidade humana são forças muito mais poderosas do que o medo e a opressão. Na disputa entre a democracia e a autocracia, entre soberania e subjugação, não se enganem: a liberdade prevalecerá.. Encarregada de Negócios dos Estados Unidos em Portugal