A “desescalada” da guerra, num olhar argelino!

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Foi madrugada animada a de 14 [de Abril], a propósito do “enxame de zangões” (já agora “drone” significa “zangão” em inglês) que cruzava os céus do Médio Oriente a caminho de Israel. O Day After foi farto de opiniões e análises, tanto durante a Missa, como nas redes sociais, com o espectro da guerra total a pairar sobre a cabeça de todos/as.

Encontrámos uma “agulha neste palheiro de unanimidade”, que vale a pena realçar, já que inverte a lógica dos 99%. Akram Kharief, trata-se do especialista argelino em Defesa e Segurança, autor/animador do site Menadefense, cuja leitura deste fim-de-semana é a seguinte:

“Como previsto este ataque foi endossado ao Comando da Guarda Revolucionária Islâmica, significando isto que seria sempre um ataque limitado, já que são uma unidade separada do Exército;

O objectivo da Guarda Revolucionária foi atacar as bases aéreas de onde partiram os aparelhos israelitas para o ataque na Síria (Consulado iraniano);

Outro objectivo, é aquilo a que chamamos de prova de conceito; Ou seja, provar que é possível e mesmo fácil e barato, ultrapassar diferentes camadas de defesa aérea israelita, em Israel e fora;

Por fim, os Pasdarans, os Guardas Revolucionários, lideram uma batalha psicológica contra os seus inimigos (israelitas, ocidentais e árabes), provando que os mesmos que são incapazes de fazer pressão militar sobre Israel para cessar o ataque a Gaza, foram os primeiros a colocarem-se em linha para a defesa de Israel, a propósito deste ataque;

Dito e visto isto, não creio que os israelitas vão responder, ou fá-lo-ão de uma forma limitada e simbólica, considerando que poderemos entrar numa fase de desescalada e não o contrário.

O Irão provou que conta!”

www.maghreb-machrek.pt 
Escreve ao abrigo da antiga ortografia.

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