3 Formas de Evitar a Inflação
A inflação tem vindo a corroer o poder de compra de muitas famílias, aumentando as dificuldades económicas de largas camadas da população portuguesa.
A forma tradicional de enfrentar a inflação consiste em apertar o cinto, reduzir o consumo, fazendo coincidir os gastos com os rendimentos (realmente) diminuídos. É a política de orgulhosa austeridade, uma forma de empobrecimento que mimica a ideia salazarista do português "pobrezinho mas honrado".
Existem contudo formas de evitar a inflação e os seus perniciosos efeitos empobrecedores. São estas estratégias que aqui quero partilhar com os leitores.
1. Repercutir. A política seguida pela generalidade das empresas. Se as matérias-primas e os produtos intermédios estão mais caros então o nosso produto terá de ser vendido a preço mais alto. Fácil. Protegemo-nos da inflação e os lucros aumentam. Se é empresário ou trabalhador independente esta é a fórmula a seguir. Aumente os preços ou os seus honorários. Tem limites? Sim tem de ir subindo até os lucros serem menores do que antes do aumento de preços. Tem, pois, de ir testando a elasticidade dos preços no seu negócio. Contudo esta receita não funciona para a generalidade das famílias que tem rendimentos do trabalho por conta alheia.
2. Pedir um aumento. O seu patrão precisa de si. Em muitos setores existe falta de mão-de-obra. Junte-se com os seus colegas. Organize-se. Se necessário faça greve. Veja o exemplo do Reino Unido, onde enormes greves têm ajudados milhões de pessoas a reter o seu poder de compra. Mas esteja preparado para fazer sacrifícios porque as greves de um ou dois dias em Portugal não resultam, porque os trabalhadores são o elo mais fraco e não aguentam muitos dias de greve e os empregadores sabem disso. Ou então seja criativo, como o têm sido os professores.
3. Emigrar. Esta é a forma mais eficaz de combater a inflação. Se esta lhe diminuiu o rendimento em, digamos, 15%, o simples atravessar da fronteira garante-lhe um aumento de rendimento de, no mínimo 40% em termos reais (levando em conta as diferenças de custo de vida), aumento que pode ir facilmente até os 200%. Neste momento em que, na Europa e no mundo, o desemprego está controlado e existe abundância de emprego em todas as ocupações, a via da emigração é a melhor para enfrentar a perda de poder de compra gerada pela inflação. Os melhores países de destino continuam os mesmos de sempre: a Alemanha, a Suíça, o Luxemburgo, a Austrália, o Canada, a França, a Bélgica, a Holanda e, até a Espanha e muitos outros. Tem muita escolha e é uma solução 100% garantida.
Aqui ficam as três opções à sua disposição para escapar da austeridade provocada simultaneamente pela doença, a inflação, e pela cura, a subida das taxas de juro. Escolha a que mais lhe convém.