Os portugueses estão a pedir, em média, cerca de 1266 autodeclarações de doença (ADD) por dia, as chamadas "autobaixas", documento que comprova que o utente se encontra em situação de doença, "declarada por si mesmo, sob compromisso de honra".A noticia é avançada pelo jornal Público, que dá conta que, "só este ano, até ao dia 29 de abril, foram emitidas cerca de 198 mil autodeclarações", de acordo com os dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Se as "autobaixas" continuarem a ser pedidas a este rimo, "será batido um novo recorde de emissões de ADD este ano", adianta ainda o jornal.Em declarações ao Público, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, António Luz Pereira, "elogia a medida em termos do que significa de poupança para o trabalho dos médicos e diz que estas autodeclarações deveriam ser alargadas a mulheres que querem continuar de baixa para poder amamentar e aos mais novos quando ficam doentes".Em vigor desde 1 de maio de 2023, as autodeclarações de doença estão disponíveis para trabalhadores a partir dos 16 anos, e permitem justificar ausências de até três dias consecutivos por motivo de saúde, sem necessidade de ir recorrer a um médico para emissão do respetivo atestado. O utente pode pedir duas autodeclarações de doença por cada ano civil, ou seja, terá direito a um total de 6 dias (não consecutivos) justificados por se autodeclarar doente.No primeiro ano de vigência da medida, foram emitidas 264 mil 'autobaixas'. No ano seguinte, este número subiu para 462 mil pedidos. Significa isto que, de acordo com os dados do SPMS, foram já emitidas, nestes dois anos, 924 mil autodeclarações de doença. .Pedidos de autodeclarações de doença aumentam, totalizando 888 mil desde 2023