Wuhan é o destino que os turistas chineses mais querem visitar depois da epidemia

A cidade onde eclodiu o novo coronavírus foi nomeada como o destino principal que os chineses querem visitar depois de a crise ter terminado.

Um inquérito sobre as tendências de viagens durante o surto de covid-19 concluiu que os cidadãos chineses querem prestar tributo à cidade chinesa onde eclodiu o novo coronavírus, e a que mais sofreu com os efeitos do mesmo.

Os resultado baseiam-se em mais de 15 mil questionários, dados de mais de 20 milhões de mensagens em fóruns e contas de redes sociais, bem como numa dúzia de entrevistas individuais, e ​​​​​​foi realizado em conjunto pelo Centro de Investigação Turística da Academia Chinesa de Ciências Sociais e pelo Centro de Investigação da Cultura e da Indústria Turística da Tencent (empresa e portal).

Wuhan ultrapassou Pequim como a principal cidade nacional na lista de desejos dos viajantes chineses após o encerramento.

A cidade, estreitamente associada ao surto do vírus, classificou-se apenas em oitavo lugar de acordo com os dados recolhidos entre dezembro de 2019 e meados de janeiro de 2020.

"Wuhan no top da cidade que os internautas querem visitar depois da epidemia" tornou-se um dos temas de tendência mais quente na rede social chinesa Weibo, com 25 mil discussões e 270 milhões de opiniões sobre o tema.

"Penso que a verdadeira razão pela qual os internautas gostariam de visitar Wuhan é para ver a cidade que viveu os momentos históricos. A situação epidémica marcou Wuhan nas nossas mentes. Vimos a perseverança e a dedicação do povo de Wuhan", escreveu um utilizador da Weibo, citado pela CNN.

A província de Hubei, onde Wuhan está localizada, tornou-se na segunda província com mais interessados a visitar, a seguir à província de Pequim. Hubei não estava listada nos 10 primeiros lugares antes do surto.

O parque florestal Shennongjia, na província de Hubei, e a Torre da Garça Amarela, na cidade de Wuhan, também subiram para as 20 principais atrações turísticas, de acordo com o estudo.

Este estudo surge num momento em que os chineses aproveitam as férias de cinco dias do 1.º de Maio. Segundo uma previsão do Ministério dos Transportes, 117 milhões de chineses devem fazer viagens domésticas nesta quadra. Números impressionantes, mas ainda assim muito abaixo do ano passado, quando 195 milhões viajaram.

Ao mesmo tempo, as autoridades baixaram o nível de restrições relacionadas com a pandemia, tendo reaberto 4 mil lugares turísticos.

A nível internacional, a Tailândia era o destino que os viajantes chineses mais queriam visitar em 2020, seguida da Rússia e do Japão.
Os Estados Unidos, que tinham estado no topo da lista, saíram por completo dos dez primeiros, na sequência do surto.

Ainda de acordo com o estudo, a pandemia afetou os planos dos viajantes. Os que têm crianças têm 30-44% menos probabilidades de querer viajar com a família em 2020 em comparação com o ano anterior.

Outro terço disse que quer viajar no prazo de três a seis meses após a crise sanitária ter passado.

O estudo refere ainda que os viajantes chineses deverão gastar cerca de 750 euros em viagens em 2020, cerca de 95 euros mais do que no ano passado.

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