William começa viagem histórica ao Médio Oriente
Uma viagem histórica. A visita do príncipe William a Israel e aos Territórios Palestinos é a primeira oficial de um membro da família real inglesa, apesar de a Terra Santa ser um terreno familiar para o Estado britânico, que controlou aquele território durante três décadas, escreve a Reuters.
Vão ser cinco dias durante os quais William se vai reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o líder da Palestina, Mahmoud Abbas.
A visita começou este domingo, conforme notícia a CNN . A primeira paragem foi na Jordânia, onde foi recebido pelo príncipe herdeiro Al-Hussein bin Abdullah II , filho do rei Abdullah II e de Rania da Jordânia.
O Twitter do Palácio de Kensington partilhou um vídeo do Duque de Cambridge à chegada a Amã.
A casa real britânica classificou a viagem como "histórica" e "muito importante". "O príncipe está ansioso por construir um relacionamento real e duradouro com o povo da região", pode ler-se num tweet.
A visita oficial ao Médio Oriente acontece por ocasião dos 70 anos da fundação de Israel.
O Duque de Cambridge vai chegar a Israel na segunda-feira. Na agenda oficial, vários eventos. Para além do encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o presidente Reuven Rivlin, fará ainda uma visita a Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto Mundial.
Na quarta-feira, o príncipe vai encontrar-se com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia. No dia seguinte, William deve visitar a Cidade Velha de Jerusalém, o Monte das Oliveiras e a Igreja de Santa Maria Madalena no Jardim do Getsêmani, onde a bisavó, a princesa Alice - a mãe do príncipe Felipe - está sepultada.
William pretende ainda ter tempo para se encontrar com jovens refugiados sírios enquanto estiver na Jordânia e jogará futebol com crianças em Jaffa, Tel Aviv.
O Médio Oriente ainda recorda o controlo britânico
Em reportagem, a Reuters verificou que ainda existe uma geração mais velha de israelitas e palestinianos que se lembra de soldados britânicos a fazer a patrulha das ruas de Jerusalém, Tel Aviv e Ramallah durante as três décadas em que a Grã-Bretanha controlava o território.
As tropas britânicas capturaram Jerusalém do Império Otomano em 1917, e em 1922 a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha um mandato internacional para administrar a Palestina durante o acordo de pós-guerra que redesenhou o mapa do Médio Oriente.
A concessão do mandato também endossou a Declaração Balfour de 1917, na qual a Grã-Bretanha expressou apoio a "uma casa nacional para o povo judeu" na Palestina.
Em 1948, com a Segunda Guerra Mundial e a tensão de manter separadas as forças judias e árabes, os britânicos retiraram-se.