Vídeo mostra líder de seita sul-coreana a espancar fiéis

Shin Ok-ju, líder do culto Caminha da Graça, já está detida desde julho por suspeita de ter escravizado centenas de seguidores nas Ilhas Fijj
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Um vídeo exibido na televisão de Seul SBS mostra a líder de um culto sul-coreano, Shin Ok-ju, a espancar vários fiéis. Nas imagens, também divulgadas pelo diário britânico The Guardian​​​​​ no YouTube, são ainda mostradas agressões, incentivadas, entre membros da própria família, como uma mãe e a sua filha.

Shin Ok-ju, líder do culto Caminho da Graça, foi detida em julho à chegada ao aeroporto de Incheon, em Seul, em conjunto com três membros da sua igreja. Não foi presa pelas agressões, mas por ser acusada de ter escravizado cerca de 400 pessoas nas ilhas Fiji.

As pessoas em causa terão sido convencidas pelo culto de que a Coreia do Sul iria ser assolada por uma grande fome e que, para sobreviverem, tinham de se mudar para uma propriedade rural no culto nas ilhas Fiji. Ao chegarem ao local, no entanto, os seus passaportes terão sido confiscados e passaram a ser obrigados a trabalhar nos campos sem salário.

No mês passado, as autoridades das ilhas Fiji, em colaboração com forças policiais sul-coreanas, detiveram seis pessoas numa rusga à plantação de arroz do culto, localizada a sul da capital Navua. Mas os suspeitos foram todos postos em liberdade após a intervenção do procurador-geral do país.

O culto nunca negou as agressões cometidas sobre (e entre) os seus membros, defendendo que este ritual, a que chamam de treshing floors (pode ser traduzido como: separar o trigo do joio), está "amplamente" previsto na Bíblia e é uma forma libertar os fiéis dos pecados que cometeram e de garantir que não voltam a pecar.

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