Oposição diz que autarca venezuelano morreu na prisão por falta de cuidados médicos
O partido opositor Primeiro Justiça (PJ, centro-esquerda) responsabilizou, esta segunda-feira, a falta de cuidados médicos pela morte do autarca Carlos Andrés Garcia, que faleceu, domingo, numa prisão dos serviços secretos venezuelanos.
"Queremos, lamentavelmente, informar o falecimento do nosso autarca de Apure, Carlos Andrés Garcia", explicou o PJ na sua conta do Twitter.
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O partido sustenta que o Governo do Presidente Nicolás Maduro, "negou-lhe atenção médica oportuna", salientando que o seu dirigente morreu devido a um acidente vascular cerebral.
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"Denunciamos ao mundo que a morte é responsabilidade do Governo e aumenta as violações de direitos humanos", sublinha.
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Por outro lado, Carlos Andrés "foi detido ilegalmente", em 2016, "pelos corpos de segurança que lhe colocaram intencionalmente um valor em dinheiro efetivo", tendo-lhe sido "negado qualquer tipo de atenção médica" enquanto estava na prisão do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços secretos).
"Apenas foi levado a um centro de saúde, quando já não havia possibilidades de fazer nada para melhorar a sua saúde. Quando denunciámos (a detenção ilegal) e exigimos a sua libertação o Governo negou-se e deixou-o detido injustamente", sublinha.
Segundo o partido Primeiro Justiça, um tribunal venezuelano tinha ordenado que passasse a prisão domiciliária, uma ordem que "não foi executada" pelas autoridades.
A 17 de agosto, o autarca opositor Edinson Ferrer afirmou que Carlos Andrés Garcia continuava preso, em grave estado de saúde, e que necessitava receber atenção médica.
A vítima foi detida em dezembro de 2016 no âmbito de uma rusga na sua casa, depois de vários protestos opositores em Apure.