Venezuela: Opositor Antonio Ledezma regressou à prisão domiciliária
Ledezma, que é presidente da câmara de Caracas, esteve preso durante três dias. Leopoldo Lopez, outro opositor detido, continua na cadeia
O presidente da câmara de Caracas e opositor ao regime venezuelano Antonio Ledezma foi hoje colocado novamente em prisão domiciliária, após ter estado preso durante três dias, anunciou a sua mulher, Mitzy Capriles.
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"Antonio foi trazido inesperadamente para casa pelo serviço de informações", escreveu Mitzy Capriles na rede social de mensagens curtas Twitter.
Ledezma e um outro dirigente da oposição que também se encontrava em prisão domiciliária, Leopoldo Lopez, foram detidos na terça-feira de madrugada numa prisão militar nos subúrbios de Caracas sob ordem do Supremo Tribunal, que os acusava de terem um plano para fugirem.
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Os dois homens tinham apelado ao boicote na votação de 20 de julho para a Assembleia Constituinte, desejada pelo presidente Nicolas Maduro e que a oposição considera ilegítima.
"Ao entrar no apartamento, Antonio disse que voltou com a angústia de saber que Leopoldo e mais de 600 prisioneiros políticos continuam atrás das grades", adiantou Mitzy Capriles.
Antonio Ledezma, 62 anos, já esteve preso durante alguns meses em 2015 e foi depois colocado em prisão domiciliária sob a acusação de ter participado em "projetos conspirativos" contra o presidente Maduro.