Vários feridos em explosão em edifício da polícia na Turquia

Explosão ocorre a poucos dias do referendo na Turquia

Uma explosão provocou vários feridos num edifício da polícia na província turca de Diyarbakir esta terça-feira. No local estão várias ambulâncias e forças de segurança, segundo a Reuters. A AFP avança que a explosão ocorreu perto da sede da polícia de intervenção rápida.

A causa da explosão, no distrito de Baglar, uma zona residencial, ainda não foi determinada.

O ministro do Interior turco Suleyman Soylu confirmou que a explosão ocorreu durante a reparação de um veículo, confirmando os relatos anteriores de que a mesma teria acontecido na secção de reparação de veículos do edifício policial.

Uma fonte policial disse à Reuters que o telhado da secção caiu, provocando pelo menos quatro feridos. Os media locais referem ainda um ferido grave.

Imagens do local mostram uma grande coluna de fumo a sair do local.

A cidade de Diyarbakir é a maior do sudeste do país e é maioritariamente habitada por curdos, que lutam contra o estado há mais de 30 anos. Em novembro do ano passado, um carro bomba feriu várias pessoas nesta cidade, num atentado que se suspeita ter sido planeado pelo PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

Nas redes sociais começam a surgir vídeos da explosão e dos momentos que se seguiram.

A explosão ocorre a poucos dias do referendo na Turquia de domingo, que poderá dar mais poderes ao presidente Tayyip Erdogan.

Esta região é palco de confrontos quase diários entre as forças de segurança e os membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como "terrorista" por Ancara e os seus aliados ocidentais.

Após a rutura de um frágil cessar-fogo visando acabar com o conflito que causou mais de 40.000 mortos desde 1984, as violências entre o PKK e Ancara recomeçaram no verão de 2015.

A Turquia também foi atingida nos últimos meses por vários atentados dos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico.

O país está em estado de alerta a poucos dias do referendo, que permitirá a Erdogan ficar no poder até pelo menos 2029. O presidente afirma que a reforma lhe possibilitará combater mais eficazmente os separatistas curdos.

O chefe de Estado turco é acusado de deriva autoritária, nomeadamente depois do golpe de Estado falhado de 15 de julho, ao qual se seguiram purgas que visaram igualmente os meios pró-curdos.

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