Vários ataques em Bagdad e arredores fizeram 27 mortos

Só um dos atentados, com um carro armadilhado com explosivos, matou 11 pessoas
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Vários atentados em Bagdad e na sua periferia, incluindo a explosão de um veículo armadilhado numa movimentada zona comercial hoje à noite, fizeram pelo menos 27 mortos, num dia particularmente violento na capital do Iraque.

O bombista suicida detonou os explosivos no veículo, atingindo lojas e bancas de comida perto de uma estação de autocarros na zona de Bab al-Muadam, matando 11 pessoas e ferindo pelo menos outras 22, indicou um polícia.

Horas antes, a explosão de bombas na cidade e à volta dela fizeram pelo menos 16 mortos e feriram dezenas, anunciaram as autoridades.

Um responsável médico confirmou o número de vítimas mortais. Todas as entidades oficiais pediram o anonimato por não estarem autorizadas a divulgar informação.

Nenhum dos atentados foi, até agora, reivindicado, mas todos ostentam a imagem de marca do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que tem perpetrado uma série de atentados bombistas em Bagdad na última semana, matando quase 100 pessoas.

Antes deste atentado, uma viatura armadilhada avançou sobre um mercado da capital iraquiana, fazendo nove mortos, ao passo que outros quatro ataques -- a maioria dos quais com bombas que explodiram em zonas comerciais ou tinham como alvo as forças de segurança -- mataram pelo menos sete pessoas.

No atentado ao mercado de Bagdad, o carro-bomba estava estacionado junto a bancas exteriores de frutas e legumes, num bairro maioritariamente xiita. Entre as vítimas, contam-se dois agentes da polícia.

Os extremistas sunitas atacam frequentemente as forças de segurança e civis em bairros xiitas.

O EI tem conseguido levar a cabo uma série de atentados em todo o Iraque enquanto também oferece forte resistência na cidade setentrional de Mossul, onde as forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos efetuam uma grande ofensiva desde meados de outubro para reconquistar a cidade, a segunda maior do país, aos 'jihadistas'.

Mossul, a cerca de 360 quilómetros a noroeste de Bagdad, é o último grande bastião urbano dos extremistas no país. As forças iraquianas retomaram o controlo de cerca de um quarto da cidade desde o início da ofensiva.

O Iraque anunciou hoje uma nova operação para recuperar cidades mais pequenas junto à fronteira com a Síria, que ainda se encontram nas mãos do EI.

O major general Qassim al-Mohammadi indicou que os militares vão tentar expulsar o EI de Rawah, Anah e Qaim, cidades situadas na província ocidental de Anbar, que caíram nas mãos dos 'jihadistas' no verão de 2014.

Forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos expulsaram no ano passado o EI de duas grandes cidades da província de Anbar: Ramadi e Fallujah.

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