Vai viajar para a Grécia? Cuidado com as picadas de mosquito

No ano passado, foram registados 316 casos de doença e 50 mortes devido a infeções provocadas pelo vírus do Nilo Ocidental.

Se está a pensar visitar a Grécia nos próximos tempos, tenha cuidado para não ser picado por mosquitos. O alerta é das autoridades de saúde gregas, que pedem aos turistas que tomem precauções contra o vírus do Nilo Ocidental, transmitido por mosquitos, que no ano passado provocou centenas de casos de doença e dezenas de mortes.

De acordo com o The Guardian, a recomendação surge cerca de uma semana depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros ter incluído os mosquitos na lista de potenciais perigos nas viagens à Grécia.

"Já tivemos casos suficientes para saber que esta é uma questão de saúde pública", afirmou Danai Pervanidou, responsável pelo departamento de doenças transmitidas por vetores na Keelpno (organização nacional de saúde pública).

De acordo com a mesma fonte, o vírus estabeleceu-se no país através de aves migratórias, que servem de hospedeiros para os microrganismos, transmitidos por mosquitos. Por isso, é recomendado que as pessoas tomem medidas de proteção pessoal, como usar mangas compridas, evitar lugares com águas paradas e usar mosquiteiros e repelentes.

No ano passado, lembra o jornal britânico, foi infetado com o vírus do Nilo Ocidental um número recorde de 316 pessoas, sendo que 50 das quais acabaram por falecer devido à doença. Segundo a Keelpno, a transmissão começou mais cedo do que é habitual, tendo sido relatados casos em zonas rurais e urbanas.

Regra geral, as pessoas infetadas com o vírus tendem a não apresentar sintomas. Enquanto cerca de 20% apresentam sinais de doença leves, como gripe, incluindo febre, dores de cabeça e dores no corpo, apenas 1% desenvolve uma doença grave.

Esta é a informação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA. No entanto, no ano passado, 243 pessoas infetadas na Grécia desenvolveram sintomas de doenças como encefalite, meningite e paralisia aguda.

Até ao ano passado, o surto mais grave tinha sido registado em 2012, quando se contabilizaram 262 casos de doença e 35 mortes.

Preparada para receber 31 milhões de visitantes, a Grécia vão tomando medidas para evitar os surtos de infeção provocada pelo vírus do Nilo Ocidental. Além da sensibilização de profissionais de saúde, estão a ser distribuídos folhetos nos aeroportos e nas autoridades municipais e regionais de todo o país.

Em declarações ao Guardian, Danai Pervanidou explicou que não é possível traçar a área de circulação do vírus, mas sabe-se que circulou das zonas rurais e húmidas para os centros urbanos, nomeadamente para a zona de Ática, perto de Atenas, e Salonica.

Entretanto, a embaixada dos EUA em Atenas emitiu um alerta de saúde para os cidadãos, pedindo que tomem medidas preventivas, nomeadamente na limpeza de áreas de criação de mosquitos, removendo ervas e arbustos.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG