Turquia promete atacar curdos que ameacem a segurança do país
O Presidente da Turquia, Recep Erdogan, disse esta quinta-feira que não vai participar em operações militares na Síria que incluam combatentes curdos e que promete atacá-los caso ameacem a segurança da Turquia.
Dois dias depois de conhecer o Presidente norte-americano, Recep Tayyip Erdogan, falou em Istambul, onde criticou a decisão dos EUA de se aliar a "organizações terroristas" para a operação de captura de Raca (cidade do centro-norte da Síria e capital do Estado Islâmico).
"Nós dissemos que não estaríamos numa operação consigo [com Donald Trump] se se aliasse a organizações terroristas e, por isso, dizemos boa sorte", disse o chefe de Estado turco.
"Já estamos a dizer com antecedência as nossas regras de engajamento, nós vamos dar um passo e não vamos discutir isso ou consultar alguém. Não temos tempo a perder", acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, disse, também, que o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos (EU) para a Coalizão Global contra o Estado Islâmico (grupo extremista) do Iraque e do Levante, Brett McGurk, devia ser retirado do cargo por, supostamente, apoiar os curdos.
A porta-voz do departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, respondeu, dizendo que o enviado especial fez um "tremendo trabalho" na coordenação e liderança da coalização internacional, e que tem o apoio da Casa Branca e do secretário de Estado, Rex Tillerson.