Trump: "Sabem como costumávamos lidar com os traidores, nos velhos tempos?"

Presidente norte-americano quer saber quem deu informações sobre o seu telefonema com o líder ucraniano e compara esse ato ao de "um espião" que traiu os Estados Unidos

Donald Trump disse a funcionários da missão dos EUA nas Nações Unidas, esta quinta-feira, que quer saber quem forneceu informações ao denunciante que expôs o seu telefonema com o presidente da Ucrânia, no caso que levou ao início de um processo de impeachment anunciado pela líder da Câmara dos Representantes no Congresso, a democrata Nancy Pelosi.

Trump comparou a pessoa que cedeu as informações a um espião traidor da pátria. "Quero saber quem é a pessoa que deu a informação ao denunciante, porque isso é quase um espião", terá dito Trump, segundo os jornais New York Times e Los Angeles Times.

"Sabem o que costumávamos fazer nos velhos tempos em que éramos [EUA] mais espertos, certo? Os espiões e a traição, costumávamos lidar com isso de maneira um pouco diferente do que fazemos agora", evocou Trump, segundo o Los Angeles Times.

Trump fez estas declarações num evento privado no Hotel Intercontinental de Nova Iorque, no qual o presidente se reuniu com a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Kelly Craft, e a sua equipa, para balanço dos quatro dias de reuniões na Assembleia Geral da ONU, que decorre esta semana.

O jornal de Los Angeles informou ter recebido uma gravação dos comentários de Trump por uma pessoa que participou no encontro, em Nova Iorque. Já o New York Times refere que a sua fonte foi informada sobre os comentários do presidente e tomou notas.

Esta intervenção de Trump junto dos funcionários da missão dos Estdos Unidos na ONU surge no dia em que um comité da Câmara dos Representante ouviu o testemunho do diretor interino de inteligência nacional dos EUA sobre a denúncia apresentada em relação ao telefonema de Trump com o presidente da Ucrânia, na qual o presidente dos Estados Unidos pediu a Volodymyr Zelesnkyi a ajuda da Ucrânia para investigar o candidato democrata à presidência Joe Biden, cujo filho trabalhava na Ucrânia.

Ao voltar a Washington, mais tarde, Trump catalogou a audiência liderada pelos democratas como uma "caça às bruxas".

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