Trump não aprova acordo nuclear com o Irão mas deixa Congresso decidir
Donald Trump decidiu não assinar o acordo nuclear com o Irão e deixou para o Congresso americano a decisão sobre o que fazer perante o que chamou de "regime pária" daquele país.
A decisão foi anunciada pelo presidente norte-americano esta sexta-feira, em conferência de imprensa, na qual Trump classificou o acordo assinado por Barack Obama como sendo lesivo para os Estados Unidos.
"A História já nos demonstrou que quanto mais ignoramos uma ameaça mais perigosa ela se torna", afirmou o atual inquilino da Casa Branca, citado pela CNN.
"Os dois motes favoritos do regime são 'morte à América' e 'morte a Istrael'. E a agressão da ditadura iraniana permanece", afirmou.
A decisão de Trump de não dar o aval presidencial ao acordo -- algo que segundo uma lei aprovada pelo Congresso deve acontecer a cada três meses -- não significa, no entanto, que este fique totalmente sem efeito.
O tratado segue agora para o Congresso, que tem 60 dias para decidir o que os EUA irão fazer em relação ao regime de Teerão.
Caso os representantes concluam que o Irão está a violar o acordo e/ou que este não defende os interesses nacionais americanos, irão repor sanções, o que levará a que Teerão abandone definitivamente o acordo.
O Congresso pode, no entanto, decidir que os EUA devem apenas fazer novas exigências ao Irão e iniciar novas negociações. Ou até, em última alternativa, optar por deixar tudo como está.
Horas antes desta declaração de Donald Trump, já o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson tinha afirmado que o presidente iria declarar que o acordo não serve os interesses dos Estados Unidos, mas não iria retirar definitivamente os EUA do pacto.