Trump imparável rumo à nomeação; Clinton distancia-se de Sanders

Magnata venceu as primárias republicanas em cinco estados. Do lado democrata, Clinton arrecadou quatro
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Donald Trump está cada vez mais perto de se tornar o candidato republicano à Casa Branca, depois de ter vencido, esta madrugada (hora de Lisboa), as eleições primárias nos cinco estados norte-americanos que foram às urnas esta terça-feira, de acordo com as projeções da maioria dos media dos EUA. Pelos democratas, Hillary Clinton arrecadou a vitória em Connecticut, Maryland, Delaware e Pensilvânia distanciando-se cada vez mais de Bernie Sanders, avançam as mesmas projeções.

A maioria dos delegados republicanos dos estados norte-americanos do Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island escolheram ontem Donald Trump como o homem que querem que seja o seu candidato presidencial. À hora das primeiras projeções, Trump tinha já ultrapassado os 900 votos, encontrando-se agora muito perto de conquistar os 1237 delegados de que precisa para ser candidato a presidente dos EUA.

A esmagadora vitória do magnata já levou a que Ted Cruz e John Kasich, os seus mais diretos adversários, virassem a sua atenção para os próximos estados a irem a votos nas primárias, mas não conseguiu ainda fazê-los desistir, apesar das declarações do diretor de campanha de Trump. Corey Lewandowski defendeu que depois das primárias desta madrugada, tanto Ted Cruz Como John Kasich estavam "matematicamente eliminados".

"Assim, de modo a unir o Partido [Republicano] após esta noite, Ted Cruz e John Kasich deviam apoiar Donald Trump para que nos possamos focar, claramente, em... pôr [um] republicano outra vez na Casa Branca", disse Lewandowski à CNN.

Mas os dois adversários de Trump parecem estar ainda determinados a travar o multimilionário. Para isso, já se tornou do conhecimento público um pacto de não-agressão firmado entre Cruz e Kasich para os próximos três estados a votar nas primárias: naqueles estados em que um dos dois pré-candidatos esteja mais forte, o outro afasta-se. Se conseguirem evitar que Trump chegue aos 1237 votos, a nomeação terá de ser decidida por aclamação na convenção republicana de julho, em Cleveland.

Trump já reagiu, queixando-se de ser vítima de um "conluio" que classificou como mais um sinal de que o sistema está a tentar privá-lo de uma nomeação que é sua por direito.

O milionário norte-americano Donald Trump considera-se o "presumível" candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA depois de ganhar as primárias em cinco estados na terça-feira.

"Considero-me o presumível candidato, sem dúvida. O senador [Ted] Cruz e o governador [John] Kasich deviam abandonar a corrida", afirmou.

"No que me diz respeito, isto está acabado", acrescentou.

Do lado Democrata, Hillary Clinton lidera as primárias democratas até agora, afirmando-se cada vez mais como a favorita para ser nomeada candidata do partido nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, agendadas para novembro. O seu rival nesta corrida, o senador Bernie Sanders, ganhou ontem apenas em Rhode Island.

Com estas vitórias de Hillary Clinton, ficam cada vez mais longínquas as hipóteses de Bernie Sanders conseguir apanhar a ex-primeira dama.

Sanders, no entanto, não desiste. Afirmando que vai lutar e manter-se na corrida até ao fim, garante que tem mais hipóteses do que Clinton de captar uma gama mais alargada dos votos do eleitorado norte-americano em geral, nas eleições de novembro.

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