Trump fala em "homem muito, muito doente" e recusa debater armas para já
Donald Trump, Presidente dos EUA, disse esta terça-feira que o responsável pelo massacre ocorrido na madrugada de segunda-feira, em Las Vegas, era "um homem muito, muito doente", mas declinou chamar ao atentado, que foi até reivindicado pelo ISIS, terrorismo doméstico. Acrescentou também que a discussão sobre as leis que regulam a compra e uso de armas no país acontecerá mais tarde e não agora.
"Falaremos das leis sobre as armas ao longo do tempo", disse Trump aos jornalistas, na Casa Branca. Questionado sobre se o tiroteio foi um ato de terrorismo doméstico, acrescentou: "Ele era um homem doente, um homem demente. Com muitos problemas, imagino, e estamos a investigá-lo de forma muito, muito séria", acrescentou.
Donald Trump já tinha qualificado o ataque como "um ato de pura maldade".
Sobre o debate em torno das armas, e das leis que as regulam, já na passada segunda-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, referiu que "seria prematuro falar de política quando não conhecemos todos os factos". Alertou ainda para a tentação de "criar leis que não impeçam" este género de tragédias.
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Momentos antes da divulgação desta declaração, as agências internacionais davam conta que alguns dos principais fabricantes de armas dos Estados Unidos estavam a registar fortes subidas nas bolsas norte-americanas.
Por exemplo, as ações de American Outdoor Brands, o nome atual do maior fabricante de armas do país que era anteriormente conhecido como Smith and Wesson, subiram 3,7% no índice Nasdaq, onde estavam a perder 25% do seu valor desde o início do ano.
Já os títulos de Sturm Ruger & Company, o quarto maior fabricante de armas dos Estados Unidos, dispararam cerca de 4,26 % na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), onde estavam a cair quase 7% nos últimos 12 meses.
Pelo menos 59 pessoas morreram e mais de 527 ficaram feridas no tiroteio.
A polícia federal norte-americana (FBI) indicou que o autor do tiroteio - identificado como Stephen Paddock, um residente local de 64 anos -, não tinha qualquer relação com grupos terroristas.
Esta informação do FBI surgiu depois de o grupo extremista Estado Islâmico ter reivindicado o ataque, sem fornecer qualquer prova da sua alegação.
As autoridades ainda não identificaram qual foi o motivo do ataque, mas acreditam que o homem agiu sozinho. O homem matou-se depois do tiroteio.